Como ultrapassar uma separação?

Como ultrapassar uma separação? Ah, essa pergunta… quem nunca se fez, né? É um soco no estômago, uma pontada que insiste em ficar. Dizem que o tempo cura tudo, mas e enquanto esse tempo não chega? A gente se agarra em qualquer coisa, qualquer fio de esperança.

Aquele conselho de “apoio social e rotina”… Sim, faz sentido. Mas, gente, é mais fácil falar do que fazer, não é? Lembro quando terminei com o meu primeiro namorado… parecia que o mundo tinha acabado. Minha mãe, coitada, me ouvia por horas, às vezes em silêncio, só me abraçando. Meus amigos me arrastavam pra sair, pra tentar me distrair. E eu, por dentro, só queria sumir. Será que alguém realmente entende essa dor?

A rotina… ah, a bendita rotina. Ir trabalhar, estudar, fingir que estava tudo bem. Era um esforço hercúleo, sabe? Acordar já era um desafio. Lembro de uma vez, no meio de uma reunião, me deu uma vontade absurda de chorar. Tive que me segurar, respirar fundo e continuar. Mas por dentro… por dentro era um caos.

É importante ter com quem conversar, sim. Desabafar, colocar pra fora. Mas às vezes nem as palavras são suficientes. Parece que ninguém entende a dimensão daquilo que você está sentindo. Como explicar a falta que faz aquele abraço, aquele cheiro, aquela piada boba que só vocês dois achavam graça?

Li em algum lugar que mais de 60% das pessoas passam por um término difícil. Sei lá, estatística não conforta muito nessas horas. Cada término é um universo, uma história única. E a sua dor, a sua saudade… são só suas.

Então, o que fazer? Não tem receita mágica. Mas se apegar aos amigos, à família, tentar manter alguma normalidade no dia a dia… acho que ajuda, mesmo que pareça inútil no começo. É um passo de cada vez. Um dia de cada vez. E, quem sabe, um dia a gente acorda e percebe que a ferida cicatrizou. Que a dor deu lugar a uma saudade tranquila, uma lembrança que não dói mais. É o que eu espero, pelo menos. E você?