Quantos porcento do cérebro a gente usa?

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A ideia de usarmos apenas 10% do cérebro é um mito. Mesmo ações simples envolvem a ativação de muito mais do que 10% do órgão. A informação está equivocada, seja em termos de células ou áreas cerebrais ativas.

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Desvendando o Mito dos 10%: Você Usa TODO o Seu Cérebro!

Quantos porcento do cérebro a gente usa? Se você já se fez essa pergunta, provavelmente já ouviu falar da crença popular de que usamos apenas 10% da nossa capacidade cerebral. Afinal, quem nunca sonhou em desbloquear os outros 90% e se tornar um gênio imbatível? A verdade, porém, é bem diferente – e muito mais interessante!

A ideia de usarmos apenas uma fração do nosso cérebro é um mito persistente, propagado por décadas em filmes, livros e até em conversas informais. No entanto, essa afirmação não encontra respaldo na neurociência moderna. Diversos estudos e tecnologias de imagem cerebral, como a ressonância magnética funcional (fMRI), demonstram que utilizamos praticamente todas as áreas do nosso cérebro ao longo do dia, mesmo durante atividades simples.

Imagine, por exemplo, o ato de ler este artigo. Seus olhos captam as letras, enviando sinais para o córtex visual no lobo occipital, que processa a informação e a envia para outras áreas responsáveis pela linguagem, como a área de Wernicke (compreensão) e a área de Broca (produção da fala, mesmo em leitura silenciosa). Simultaneamente, você acessa memórias, faz conexões com conhecimentos prévios e talvez até experimente emoções, ativando regiões como o hipocampo, o córtex pré-frontal e o sistema límbico. Tudo isso em questão de segundos e com a participação de uma vasta rede neuronal, muito além de míseros 10%.

É verdade que o cérebro possui uma incrível capacidade de plasticidade, adaptando-se e criando novas conexões ao longo da vida, especialmente quando desafiado por novas aprendizagens e experiências. Mas isso não significa que exista uma parcela “adormecida” esperando para ser despertada. Usamos 100% do nosso cérebro, o tempo todo, mesmo quando dormimos!

A persistência do mito dos 10% pode estar relacionada ao fascínio pelo potencial humano e à crença de que possuímos capacidades ocultas. No entanto, é fundamental basearmos nossa compreensão do cérebro em evidências científicas. Em vez de buscarmos um potencial inexplorado em áreas cerebrais inativas, que tal direcionarmos nossos esforços para compreender e estimular a incrível máquina que já possuímos em sua totalidade? Afinal, desvendar os mistérios do cérebro humano já é uma aventura extraordinária por si só!