Que quer dizer não-binário?

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Olha, para mim, ser não-binário é desafiar essa ideia de que só existem dois gêneros. É sentir que a caixinha de masculino ou feminino não me serve, sabe? É muito mais que uma data comemorativa, é sobre ter a liberdade de ser quem eu sou por dentro, sem precisar me encaixar em padrões impostos. Ainda existe muita ignorância e preconceito, mas a gente segue lutando por respeito e visibilidade.

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Que quer dizer não-binário? Nossa, essa pergunta… mexe comigo, sabe? Às vezes, tento explicar e me perco em palavras, outras vezes sinto que nem palavras conseguem. Para mim… é como se existisse um espectro inteiro de cores, um arco-íris de identidades de gênero, e me colocarem dentro de uma caixa só com duas cores, azul e rosa? Não cola!

Acho que a maioria das pessoas pensa em homem ou mulher, né? É o que a gente aprende desde pequeno. Mas essa ideia de só existir dois gêneros… pra mim, não faz sentido. Nunca fez. Lembro-me, criança, de me sentir profundamente desconfortável com os brinquedos “de menina” – as bonecas, as cozinhas de plástico… E os “de menino”? Carros, super-heróis… também não me representavam. Era como vestir um casaco de três tamanhos maior, sabe? Enorme e desconfortável.

Ser não-binário é isso: se sentir fora dos padrões, das expectativas. É tipo… não me encaixo direito em lugar nenhum. Às vezes me sinto mais masculino, às vezes mais feminino, e muitas vezes… nada disso! É como se o meu gênero flutuasse, mudasse, fosse uma coisa própria, única, minha. E isso não é errado, tá? É simplesmente… eu.

Claro, tem muita gente que não entende, né? Ainda ouço coisas tipo “mas você é homem ou mulher?” Ou pior, “isso é modinha!”. Já chorei muito, por causa disso. A gente sofre preconceito e ignorância, mas, meu Deus, a gente resiste. A gente tenta explicar, tenta mostrar que ser não-binário não é uma fantasia, uma brincadeira. É real, é vivido, é sentido profundamente. É parte de quem a gente é. E por mais que a luta seja árdua – e acredite, é árdua, um estudo recente mostrou que 70% das pessoas não-binárias já sofreram algum tipo de violência, isso é assustador! – a gente segue lutando pela visibilidade, pelo respeito, pela aceitação. Porque a gente merece, né? A gente merece existir, livre e sem julgamentos. E um dia, quem sabe, esse “um dia”, a gente vai conseguir isso. Espero.