Quem toma Triticum?

Depressão… quem diria que eu ia falar sobre isso tão abertamente? Mas cá estou. E o Triticum AC entrou na minha vida. Recebi a prescrição, e admito, fiquei meio desconfiada. Mais um comprimido? Será que ia resultar? Tantos outros já tinham falhado…

O médico explicou que o Triticum AC é para depressão, com ou sem aquela ansiedade que te rói por dentro. Sabem como é, né? Aquela sensação de que um aperto no peito nunca te abandona. Eu conheço bem. Ele disse que a dose ia depender de mim, do quão fundo eu estava naquele poço escuro, do meu peso, idade, essas coisas. Os comprimidos são divisíveis, o que achei prático. Tipo, começar devagarinho, para ver se o meu corpo se habituava.

Lembro-me da minha avó, coitada, também sofria de depressão. Na época dela, não havia tanta coisa disponível. Será que ela teria se beneficiado de algo como o Triticum AC? Fico a pensar…

O meu caso não era tão grave quanto o dela, felizmente. Mas a tristeza era constante, um peso enorme. Às vezes, nem conseguia sair da cama. Jantar com amigos? Impossível. Um filme no cinema? Esqueci. A vida parecia cinzenta, sem graça.

Comecei com uma dose baixa, como o médico recomendou. Não foi milagre, claro. Mas depois de umas semanas, comecei a sentir uma diferença. Uma pequena luz no fim do túnel, sabe? Não sei quantificar em números, tipo “melhorei 30%” – essas coisas de estudos científicos. Mas senti, na pele, na alma. Consegui rir com a minha filha, voltei a cozinhar (adoro!), até me animei a pintar de novo, um antigo hobby que tinha abandonado.

Ainda tenho os meus dias maus, claro. A depressão é traiçoeira. Mas o Triticum AC, junto com a terapia, tem-me ajudado a navegar nestas águas turbulentas. E isso, para mim, já é uma vitória enorme. Quem sofre de depressão sabe do que estou a falar. É uma luta diária. Mas vale a pena lutar. A sério.