Qual é a diferença entre circular e comunicado?

Sabem aquela sensação de estar a ler algo e parecer que um robô escreveu? Pois, é assim que este texto me soa: “Comunicado é público, circular é interno”. Tão seco, né? Quase dá para ouvir o tec-tec-tec das teclas. Deixa-me tentar explicar isto de uma forma mais… humana.

Comunicado… imaginem uma sirene a tocar, chamando a atenção de toda a gente. É tipo um megafone a anunciar algo importante, algo que todos precisam saber. Um incêndio, uma mudança na lei, sei lá. Lembro-me daquele comunicado da escola, anos atrás, a avisar do cancelamento das aulas por causa da neve. Que alegria! Todos sabiam, pais, alunos, até o senhor da papelaria da esquina. É público, para as massas.

Já a circular… é outra história. É mais discreta, um segredo partilhado entre poucos. Pensem num bilhete a circular numa sala de aula, só entre os amigos. Ou naquele e-mail que recebi do trabalho, só para a minha equipa, sobre a nova política de férias. Afeta só alguns, um grupo específico, interno. Entendem?

E a função também é diferente. O comunicado informa: “Atenção, isto aconteceu!”. A circular, muitas vezes, instrui ou notifica: “Pessoal, a partir de agora, façam assim…”. Tipo, “A partir de agora, todos os relatórios devem ser entregues até sexta-feira”. Chatice, eu sei, mas faz parte.

E não é só uma questão de público vs. interno. O tom também muda. Um comunicado tende a ser mais formal, impessoal. A circular, dependendo do contexto, pode ser mais informal, mais próxima. Tipo, já vi circulares a começar com “Olá, equipa!”. Imaginam um comunicado a começar assim? Estranho, não?

Li algures que cerca de – sei lá, nem me lembro do número! – digamos, muita gente confunde estes dois. Mas agora, espero que tenha ficado mais claro. Não é ciência de foguetes, é só pensar na intenção da mensagem e para quem ela é dirigida. Simples, assim.