Como identificar uma oração subordinada integrante?
Para reconhecer uma oração subordinada integrante, procure as conjunções que ou se. A chave é testar: substitua toda a oração introduzida por essa conjunção pela palavra ISSO. Se a frase continuar fazendo sentido gramaticalmente, a oração original era, de fato, uma subordinada substantiva integrante, desempenhando uma função essencial na oração principal.
Desvendando as Orações Subordinadas Integrantes: Mais que um “Isso”
Identificar orações subordinadas integrantes pode parecer um bicho de sete cabeças na gramática, mas com as ferramentas certas, essa tarefa se torna bem mais simples. Embora a dica de substituir a oração por “isso” seja um bom ponto de partida, ela não abrange todas as nuances e pode levar a interpretações equivocadas em alguns casos. Este artigo propõe um olhar mais aprofundado, apresentando um guia prático e completo para reconhecer essas orações essenciais.
Sim, a conjunção integrante ( que
ou se
) é um importante indício. A substituição por “isso” funciona bem em muitos casos, indicando que a oração subordinada atua como sujeito, objeto direto, objeto indireto, complemento nominal, predicativo ou aposto da oração principal. Veja o exemplo:
- Original: Eu sei que você gosta de chocolate.
- Substituição: Eu sei isso.
A substituição manteve o sentido, confirmando que “que você gosta de chocolate” é uma oração subordinada substantiva integrante, funcionando como objeto direto do verbo “saber”.
Mas, atenção! A simples substituição por “isso” pode ser insuficiente e até enganosa em certas construções. Observe:
- Original: É importante que você estude.
- Substituição: É importante isso.
Embora a substituição pareça funcionar, “que você estude” não é objeto direto, mas sim sujeito da oração principal (reduzida de “É importante isto: que você estude”). A palavra “importante” é, na verdade, um predicativo do sujeito. Nestes casos, analisar a função da oração dentro da estrutura completa é crucial.
Ampliando o Horizonte: Para além do “isso”, outras estratégias ajudam a desvendar as subordinadas integrantes:
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Perceba a necessidade da oração: A oração subordinada integrante é essencial para completar o sentido da oração principal. Retirá-la gera uma frase incompleta ou sem sentido.
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Identifique a função sintática: Tente classificar a função que a oração exerce na principal. Pergunte-se: ela age como sujeito, objeto, complemento nominal, etc.? Essa análise sintática oferece uma visão mais precisa do que a simples substituição por “isso”.
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Cuidado com as orações adverbiais: Algumas orações introduzidas por “que” podem ser adverbiais, expressando circunstâncias como causa, consequência, concessão, etc. Nesses casos, a substituição por “isso” soará estranha, e a oração não será integrante, mas sim adverbial. Exemplo: Estava tão cansado que dormi no sofá. (oração subordinada adverbial consecutiva).
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Fique atento aos verbos de ligação: Como no exemplo anterior, com verbos de ligação, a oração subordinada integrante pode ser sujeito da oração principal e não objeto direto.
Em resumo, a substituição por “isso” é um bom ponto de partida, mas a análise sintática completa, considerando a função da oração dentro do período e a semântica do verbo da oração principal, é fundamental para a correta identificação das orações subordinadas integrantes. Através da observação atenta e da prática, você dominará essa habilidade essencial para a compreensão da língua portuguesa.
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