Como pode o professor motivar os alunos?

Como, raio, se motiva um aluno? Essa pergunta me acompanha desde que comecei a dar aulas, sabe? Não é só chegar lá, abrir o livro e esperar que a mágica aconteça. Já tentei de tudo, acredite. Lembro-me de uma vez, estava explicando equações do segundo grau – um tédio mortal, confesso! – e vi os olhos dos alunos, tipo, vidrados, mas de um jeito… vazio. Aquele olhar perdido que me dizia: “Professor, por favor, me tire daqui!” Foi aí que eu percebi: tinha que mudar tudo.

Primeiro, larguei a postura de “professor sabe-tudo”, sabe? Aquele negócio de ficar na frente, impondo regras e conhecimento. Que saco! Comecei a me aproximar, a criar um clima mais… de conversa mesmo. Um dia, uma aluna, a Sofia, super tímida, me confessou que estava tendo dificuldades em álgebra. Se eu tivesse continuado na minha, ela teria passado batido, afogada no mar de fórmulas. Mas naquele dia, eu parei, sentei ao lado dela, e tentamos resolver juntos. Ela entendeu, finalmente! E eu? Me senti mais perto dela, mais perto de realmente ensinar.

Depois, veio a sacada de conectar tudo com a vida deles. Aquelas equações chatas? Começamos a usá-las pra calcular o lucro de uma pastelaria, calcular a trajetória de um foguete (eles amavam foguetes!), até mesmo para determinar a melhor estratégia num jogo de videogame. Viram que matemática não era só fórmula, era algo vivo. E, claro, a participação ativa: trabalhos em grupo, debates, apresentações… Eu aprendi, de repente, que 70% do aprendizado vem da interação e não só da transmissão de informação.

Sabe, eu li um estudo – não me lembro os números exatos agora, mas era algo em torno de 80% dos alunos que se sentem mais motivados quando se sentem ouvidos e compreendidos – e faz todo sentido! Não é só sobre conhecimento, é sobre construir pontes, criar um ambiente onde eles se sintam seguros para errar, para perguntar, para serem eles mesmos.

Porque, no fim das contas, o que eu quero é que eles aprendam, sim, mas mais do que isso, que eles gostem de aprender. Que eles descubram a alegria da descoberta, a satisfação do esforço, o prazer de construir algo com as próprias mãos… e a mente, é claro!

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