Como se chama a linguagem dos sinais?

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A Libras, Língua Brasileira de Sinais, é a língua oficial da comunidade surda brasileira, garantida por lei desde 2002. A Lei nº 10.436, sancionada em 24 de abril, reconhece a Libras como meio legítimo de comunicação e expressão, assegurando direitos e inclusão social.

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Muito Mais que Gestos: Desvendando a Riqueza da Libras

A comunicação humana transcende a fala. Existem diversas formas de expressar ideias, sentimentos e conhecimentos, e uma delas, rica em história e cultura, é a Língua Brasileira de Sinais (Libras). Frequentemente confundida com um simples conjunto de gestos, a Libras é, na verdade, uma língua completa, com sua própria gramática, sintaxe, semântica e léxico, tão complexa e expressiva quanto qualquer língua falada.

A compreensão da Libras como uma língua de pleno direito é fundamental para a inclusão social da comunidade surda brasileira. Não se trata apenas de um código para traduzir o português, mas sim de um sistema linguístico autônomo, capaz de transmitir nuances e sutilezas que a tradução literal frequentemente perde. A estrutura da Libras difere significativamente da língua portuguesa, utilizando-se da configuração de mãos, movimentos, expressões faciais e postura corporal para construir frases e expressar conceitos abrangentes.

A Lei nº 10.436, de 24 de abril de 2002, foi um marco histórico ao reconhecer oficialmente a Libras como a língua da comunidade surda brasileira. Essa legislação garante direitos fundamentais, como o acesso à educação, saúde e justiça, utilizando-se da Libras como meio de comunicação. A lei também impulsionou a formação de intérpretes de Libras e a inclusão da língua em currículos escolares, contribuindo para um processo de maior conscientização e respeito à diversidade linguística no país.

Apesar do avanço legal, o caminho para a plena inclusão ainda é longo. A luta continua por mais intérpretes qualificados, materiais didáticos acessíveis e uma sociedade mais preparada para se comunicar com pessoas surdas em Libras. Entender a Libras não é apenas aprender sinais isolados, mas sim mergulhar numa cultura vibrante e rica, compreendendo a sua estrutura gramatical e o seu papel fundamental na identidade e na construção da comunidade surda. É reconhecer a Libras como um patrimônio cultural brasileiro e valorizar a diversidade linguística que enriquece nossa nação. Afinal, a comunicação é a base da construção de uma sociedade mais justa e inclusiva, e a Libras é uma peça essencial nesse quebra-cabeça.