O que é a descrição objetiva e subjetiva?
Descrição objetiva: impessoal, focada em fatos e características. Descrição subjetiva: pessoal, expressando impressões e opiniões do observador.
Objetividade x Subjetividade na Descrição: Um Olhar Mais Profundo
A descrição, seja ela de um objeto, pessoa, lugar ou evento, pode ser abordada de duas maneiras principais: objetiva e subjetiva. A distinção entre elas reside na perspectiva do observador e no tipo de informação transmitida. Enquanto uma busca pela neutralidade factual, a outra abraça a individualidade da experiência. Compreender essa diferença é crucial para uma comunicação eficaz e para a construção de textos com diferentes propósitos.
Descrição Objetiva: A Busca pela Imparcialidade
A descrição objetiva se caracteriza pela impessoalidade. Ela foca em apresentar os fatos de forma neutra, sem interferência da opinião ou emoção do observador. Prioriza dados concretos, características mensuráveis e informações verificáveis. Imagine a descrição de um carro em um anúncio: “Modelo 2023, motor 2.0, cor prata, 4 portas, câmbio automático, quilometragem 10.000 km.” Esta é uma descrição objetiva, pois se limita a apresentar as especificações técnicas e características físicas do veículo, sem emitir julgamentos de valor.
Para alcançar a objetividade, o escritor deve:
- Utilizar linguagem denotativa: Priorizar o significado literal das palavras, evitando figuras de linguagem e expressões subjetivas.
- Apresentar dados concretos e mensuráveis: Utilizar números, medidas, datas e outras informações quantificáveis.
- Evitar adjetivos valorativos: Substituir adjetivos que expressam opiniões (“carro bonito”, “motor potente”) por adjetivos descritivos neutros (“carro prata”, “motor 2.0”).
- Manter a terceira pessoa: Optar pela perspectiva de um observador externo, evitando pronomes de primeira pessoa (“eu”, “meu”) e segunda pessoa (“você”, “seu”).
Descrição Subjetiva: A Expressão da Experiência Individual
A descrição subjetiva, ao contrário, abraça a perspectiva individual do observador. Ela expressa impressões, sensações, opiniões e emoções relacionadas ao objeto descrito. Ao invés de apenas apresentar os fatos, a descrição subjetiva busca transmitir a experiência pessoal e a interpretação do observador. Pensando novamente no carro, uma descrição subjetiva poderia ser: “O brilho prateado do carro me fascinou. O motor ronronava suavemente, transmitindo uma sensação de potência e elegância. Era o carro dos meus sonhos.”
Para alcançar a subjetividade, o escritor pode:
- Utilizar linguagem conotativa: Empregar figuras de linguagem, metáforas e comparações para expressar suas impressões de forma vívida.
- Incluir adjetivos valorativos: Utilizar adjetivos que expressam opiniões e julgamentos de valor (“carro incrível”, “motor potente e suave”).
- Utilizar a primeira pessoa: Expressar a experiência pessoal diretamente através do uso de pronomes de primeira pessoa.
- Apelar aos sentidos: Descrever não só o que se vê, mas também o que se ouve, cheira, toca e sente.
A Convivência de Objetividade e Subjetividade
Embora aparentemente opostas, a objetividade e a subjetividade não são mutuamente exclusivas. Em muitos textos, elas podem coexistir, complementando-se e enriquecendo a descrição. Um relato jornalístico, por exemplo, pode apresentar os fatos de forma objetiva, enquanto a crônica pode mesclar a objetividade da descrição com a subjetividade da interpretação do autor. A chave está na consciência do propósito comunicativo e na escolha estratégica do tipo de descrição mais adequado ao contexto. A habilidade de dominar ambas as formas de descrever amplia significativamente as possibilidades expressivas de um escritor.
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