O que é o nome e o apelido?

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No Brasil, nome próprio é o equivalente ao nome de batismo em Portugal. Já o apelido, ou sobrenome, corresponde ao nome de família português. O nome completo reúne o nome e o sobrenome, identificando a pessoa.

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Nome e Apelido: Desvendando a Identidade Brasileira

No Brasil, a forma como nos identificamos nominalmente pode gerar certa confusão, principalmente para quem vem de outros países lusófonos. Afinal, o que chamamos de “nome” e “apelido” aqui, tem correspondência diferente em Portugal, por exemplo. Este artigo busca esclarecer essa distinção e explorar a construção da identidade a partir desses elementos.

Como já mencionado, o que os brasileiros chamam de “nome” equivale ao “nome de batismo” ou “nome próprio” em Portugal. É o nome que nos é dado ao nascer, individualizando-nos dentro da família. Pode ser simples, como “Maria” ou “José”, composto, como “Maria Clara” ou “José Antônio”, ou ainda, incluir nomes de familiares como homenagem, criando combinações extensas e cheias de significado.

Já o “apelido”, no Brasil, corresponde ao “sobrenome” ou “nome de família” em Portugal. Ele representa a nossa ligação com um grupo familiar mais amplo, carregando consigo a história e a herança ancestral. Normalmente, herdamos o sobrenome do pai, da mãe, ou de ambos, podendo haver variações regionais e culturais nessa prática.

A junção do “nome” e do “apelido” forma o que chamamos de “nome completo”, a identidade oficial que nos acompanha em documentos, registros e interações sociais formais. É através dele que somos reconhecidos perante a lei e a sociedade.

No entanto, a construção da identidade nominal no Brasil vai além do nome completo registrado em cartório. O uso de apelidos informais, alcunhas e hipocorísticos (versões abreviadas ou carinhosas do nome) é extremamente comum e faz parte da nossa cultura. Esses apelidos, muitas vezes, refletem características pessoais, histórias engraçadas ou laços afetivos, adicionando camadas de significado à nossa identidade e humanizando as relações interpessoais.

Pensemos, por exemplo, em alguém chamado “Ricardo Augusto”. Seu nome completo o identifica oficialmente, mas no dia a dia, pode ser chamado de “Ricardo”, “Augusto”, “Rica”, “Guto”, ou até mesmo por um apelido completamente diferente, criado a partir de alguma peculiaridade sua. Esses apelidos informais, embora não constem em documentos, são parte integrante da sua identidade social, revelando nuances da sua personalidade e das suas relações com os outros.

Portanto, enquanto o nome completo serve como um identificador formal, os apelidos, tanto os de família quanto os informais, contribuem para a construção de uma identidade mais complexa e multifacetada, refletindo a riqueza e a diversidade da cultura brasileira. Entender essa dinâmica é fundamental para compreender não apenas a forma como nos identificamos, mas também a maneira como nos relacionamos e construímos laços sociais no Brasil.