Quais os ditados populares que falamos errado?

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Muitos ditados populares que usamos diariamente são, na verdade, versões deturpadas de frases originais. A distorção se deu ao longo do tempo, por conta de semelhanças fonéticas e variações na escrita, criando novas interpretações e popularizando formas errôneas. A língua viva se transforma, e esses ditados são exemplos dessa evolução imprecisa.

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Ditados Populares que Falamos Errado

No universo rico da língua portuguesa, os ditados populares ocupam um lugar especial, transmitindo sabedoria e valores culturais por gerações. Entretanto, alguns desses ditados sofreram distorções ao longo do tempo, resultando em versões equivocadas que falamos até hoje. Vamos desvendar alguns desses equívocos linguísticos:

1. “Quanto mais alto subir, maior a queda” (correto: “Quanto mais alto o macaco sobe, maior a queda”)

O ditado original faz referência ao macaco, conhecido por sua capacidade de escalar árvores e, consequentemente, cair de grandes alturas. A versão distorcida perde o sentido literal, reduzindo a sabedoria do ditado a uma mera analogia sobre sucesso e fracasso.

2. “Quem com ferro fere…” (correto: “Quem com ferro fere, com ferro será ferido”)

O ditado completo enfatiza a lei da reciprocidade, ou seja, que aqueles que prejudicam os outros serão eventualmente prejudicados da mesma forma. A versão truncada enfraquece a mensagem de justiça poética, dando a impressão de que basta um ato de violência para justificar outro.

3. “Quem não tem cão, caça…” (correto: “Quem não tem cão, caça com gato”)

O original sugere que mesmo com meios limitados, é possível atingir seus objetivos. A versão deturpada, ao eliminar a referência ao gato, perde a ideia de adaptabilidade e resiliência.

4. “Deus ajuda quem cedo…” (correto: “Deus ajuda quem cedo madruga”)

O ditado original incentiva o trabalho árduo e a diligência. A versão equivocada omite a parte crucial da ação, enfatizando apenas a proteção divina, o que pode levar à passividade e à dependência.

5. “Quem espera sempre…” (correto: “Quem espera sempre alcança”)

O ditado completo expressa fé e determinação. A versão truncada deixa de transmitir a ideia de realização e persistência, sugerindo que esperar indefinidamente é suficiente para atingir resultados.

6. “A união faz…” (correto: “A união faz a força”)

A versão completa destaca o poder da colaboração e do trabalho em equipe. A forma resumida perde a essência do ditado, que é a força multiplicada quando pessoas se unem.

7. “Água mole em pedra…” (correto: “Água mole em pedra dura, tanto bate até que fura”)

O original enfatiza a perseverança e a determinação. A versão truncada reduz o ditado a uma mera metáfora sobre a capacidade da água de erodir a rocha, ignorando a mensagem de resiliência e esforço contínuo.

Conclusão

O uso incorreto de ditados populares não apenas deturpa seu significado original, mas também pode transmitir valores equivocados ou incompletos. Ao resgatar as versões corretas dessas frases antigas, podemos preservar a sabedoria popular e utilizá-la para guiar nossas ações e compreender melhor o mundo ao nosso redor.