Quais são as 20 línguas mais difíceis do mundo?

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Albanês, turco, polonês e grego, além do mandarim, japonês e cantonês, são alguns dos idiomas mais desafiadores para os falantes de português. A complexidade fonética do mandarim e o alto número de tons no cantonês (oito) contribuem para sua dificuldade. O basco, sem parentesco com outras línguas, também se destaca por sua singularidade.

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As 20 Línguas Mais Difíceis do Mundo para Falantes de Português: Um Desafio à Linguística

Aprender um novo idioma é uma jornada enriquecedora, mas alguns apresentam desafios maiores que outros. Para um falante de português, a dificuldade de um idioma está intrinsecamente ligada às diferenças fonéticas, gramaticais e lexicais em relação à sua língua materna. Este artigo não pretende criar uma hierarquia definitiva e imutável das “línguas mais difíceis”, pois a dificuldade é subjetiva e depende de diversos fatores, incluindo a língua nativa do aprendiz e sua predisposição para a aprendizagem de línguas. No entanto, considerando a estrutura do português e a experiência de aprendizes, podemos analisar 20 idiomas que geralmente se mostram particularmente desafiadores.

A dificuldade não se resume a um único fator. A complexidade fonética (sons inexistentes no português), a morfologia (flexão verbal e nominal), a sintaxe (ordem das palavras), o vocabulário (raiz etimológica distinta) e a escrita (sistemas diferentes) contribuem para a dificuldade de aprendizagem. Considerando isso, elaboramos uma lista, agrupando idiomas por similaridades nos desafios apresentados:

Grupo 1: Complexidade Fonética e Tonos:

  1. Mandarim (Chinês): A escrita, baseada em caracteres, e os quatro tons (e até mesmo variações tonals em dialetos) representam um obstáculo significativo. A pronúncia precisa é crucial para a compreensão.
  2. Cantonês: Ainda mais desafiador que o mandarim devido aos seus oito tons e pronúncia consideravelmente diferente.
  3. Vietnamita: Semelhante ao mandarim e cantonês na questão dos tons (seis), que alteram completamente o significado das palavras.
  4. Tailandês: Apresenta cinco tons e uma fonologia bastante distinta da portuguesa.
  5. Hmong: Possui tons e uma estrutura silábica complexa, dificultando a compreensão e a pronúncia.

Grupo 2: Estrutura Gramatical Complexa:

  1. Árabe: A escrita da direita para a esquerda, a conjugação verbal rica e a morfologia complexa (com numerosas formas verbais e nominais) representam grandes dificuldades.
  2. Húngaro: Sua aglutinação (junção de diversas partículas em uma única palavra), sua ordem de palavras peculiar e sua estrutura de casos gramaticais diferenciam-se profundamente do português.
  3. Finlandês: Possui uma rica flexão nominal e verbal, com numerosos casos e uma estrutura de frases muito diferente da portuguesa.
  4. Basco: Isolado linguisticamente, sem parentesco com outras línguas indo-europeias, apresenta uma estrutura gramatical totalmente única e difícil de apreender.
  5. Polaco: A complexa conjugação verbal, a extensa declinação nominal (sete casos) e a fonologia peculiar tornam o polaco desafiador.

Grupo 3: Escrita e Alfabeto Diferentes:

  1. Japonês: Apresenta três sistemas de escrita (hiragana, katakana e kanji) e uma estrutura gramatical distinta, com ordem de palavras diferente do português.
  2. Coreano: O alfabeto hangul é relativamente fácil de aprender, mas a gramática e a estrutura das frases apresentam peculiaridades consideráveis.
  3. Russo: O alfabeto cirílico exige adaptação, assim como a estrutura das frases e a complexa conjugação verbal.
  4. Alemão: Embora pareça ter uma certa familiaridade com o português devido à sua origem indo-europeia, possui uma gramática complexa com quatro casos e conjugações verbais extensas.

Grupo 4: Fonética e Vocabulário Desafiante:

  1. Turco: A aglutinação, a harmonia vocálica e a inexistência de artigos definidos e indefinidos diferenciam-se significativamente do português.
  2. Albanês: A fonologia peculiar, a morfologia complexa e a sintaxe distinta representam um desafio considerable.
  3. Grego: Embora o alfabeto seja familiar, a gramática é complexa, com conjugações verbais e flexões nominais extensas.
  4. Checo: Possui sete casos e uma estrutura gramatical relativamente complexa, exigindo tempo e dedicação para ser dominado.

Grupo 5: Difícil pela combinação de fatores:

  1. Swahili: A combinação de prefixos e sufixos, a estrutura gramatical e a pronúncia diferentes dificultam a aprendizagem.
  2. Islandês: Possui flexões nominais complexas, conjugações verbais irregulares e uma fonologia peculiar.

Esta lista é apenas um ponto de partida para refletir sobre as dificuldades inerentes à aprendizagem de diferentes línguas. A persistência, a metodologia adequada e a imersão na cultura são fatores essenciais para o sucesso na aprendizagem de qualquer idioma, independentemente de sua posição nessa lista. A dificuldade, em última análise, é relativa e superável com dedicação.