Quais são os aspectos comunicativos?

Quais são os aspectos da comunicação?

A comunicação, essa dança complexa entre mentes, é como um caleidoscópio de elementos. Roman Jakobson, um mestre da linguística, nos presenteou com uma visão clara dos seus principais componentes. Não dá para negar a importância de cada um, viu?

• Remetente: Aquele que inicia a conversa, o autor da mensagem. É a voz que ecoa, buscando um ouvinte.
• Mensagem: O conteúdo transmitido, o coração da comunicação. Se a mensagem for confusa, a comunicação falha.
• Destinatário: Quem recebe a mensagem, o intérprete das palavras. A recepção define o sucesso da comunicação.
• Contexto: O cenário da conversa, o pano de fundo que colore a mensagem.
• Código: O idioma usado, a chave para decifrar a mensagem. É preciso que remetente e destinatário falem a mesma língua, literalmente!
• Contato: O canal de comunicação, a ponte que une remetente e destinatário. Pode ser um aperto de mão, um e-mail ou até mesmo um olhar.

Cada um desses elementos, segundo Jakobson, ativa uma função da linguagem diferente. É como se a comunicação fosse uma orquestra, e cada instrumento (elemento) tocasse uma melodia única, contribuindo para a sinfonia completa. Afinal, “o silêncio também é música”, já dizia alguém.

Quais são os fatores da comunicação?

A tarde caía em tons de laranja e roxo, quase como um aviso silencioso de que algo estava prestes a terminar. O ar, denso e úmido, grudava na pele. Lembro-me daquela sensação, a umidade de Santos em fevereiro, grudando, sufocante quase. A brisa, tão esperada, não chegava. A comunicação, pensei, é assim. Um processo que às vezes se agarra, pesado, sufocante. Como aquela tarde.

E então, a imagem, nítida: a areia quente sob os pés descalços. A busca por conchas, uma a uma, cada uma uma pequena mensagem no silêncio da praia. Aquele silêncio era o pano de fundo perfeito para entender… cada elemento. Aquele momento, minha tentativa de desvendar a comunicação.

• Emissor: Eu, a criança naquela praia, buscando sentido nas conchas, transmitindo para mim mesma o desejo de encontrar algo especial. Uma mensagem apenas para mim.
• Mensagem: A própria concha. Seu formato, cor, textura… cada uma carregava uma mensagem particular. Pequena, insignificante para o mundo, mas gigante para mim.
• Canal: O ar, talvez. A vibração do som das ondas batendo na areia… e a brisa que, finalmente, chegou, leve, carregando um perfume de sal.
• Receptor: Eu mesma. Em minha inocência e busca incessante por compreensão do mundo.
• Código: A linguagem da natureza, talvez. As formas, as cores… uma linguagem que aprendi a decifrar ali, em contato com a areia, o mar.
• Referente: As conchas. O mar. A praia. A tarde que se esvaía. A minha busca infantil por algo maior. A minha alma.

A comunicação é assim: um entrelaçamento complexo de elementos, fluindo como as ondas do mar. Uma busca por compreensão, uma conexão. Às vezes, abafada pela umidade do ar, como naquela tarde em Santos, mas outras, leve e translúcida como a brisa do mar. Às vezes, apenas uma concha encontrada na praia, um significado íntimo, pessoal. Um eco, um sussurro que fica. A comunicação é tudo isso.

Quais são os elementos do sistema de comunicação?

Ah, o sistema de comunicação! Tão essencial quanto um bom café pela manhã (e, às vezes, igualmente difícil de decifrar, dependendo de quem preparou o café, e de quem está falando). Vamos destrinchá-lo com elegância e uma pitada de sarcasmo:

• Emissor: O falador. Aquele que tem algo a dizer, nem que seja “Acho que queimei o arroz”. Ou, no caso de certos políticos, um mestre em não dizer nada com palavras bonitas.

• Mensagem: O que está sendo dito. Podendo ser desde um “Eu te amo” sussurrado até um relatório complexo sobre o balanço da empresa. A clareza, ah, a clareza! Quase tão rara quanto um unicórnio andando de skate.

• Código: A língua (ou dialeto, ou gíria secreta) usada. Português, inglês, emoji de berinjela… O importante é que emissor e receptor falem a mesma língua, a não ser que queiram criar uma comédia involuntária.

• Canal: O meio de transmissão. Boca a ouvido, WhatsApp, carta (para os nostálgicos), fumaça (para os desesperados)… O canal escolhido pode mudar completamente o impacto da mensagem, como tentar entregar um buquê de flores por fax.

• Receptor: O ouvinte (ou leitor, ou observador). Aquele que tem a árdua tarefa de decodificar a mensagem, interpretá-la e, idealmente, não sair correndo gritando. Afinal, nem toda mensagem é uma bomba (apesar de algumas parecerem).