Qual é o objeto de conhecimento da habilidade EF12LP04?

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Compreender e interpretar textos do cotidiano, como listas, agendas, calendários, avisos, convites, receitas e instruções de montagem, tanto digitais quanto impressos, considerando o contexto de comunicação e o assunto abordado.

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Habilidade EF12LP04: qual o objeto de conhecimento?

Lembro da minha filha, lá por 2018, na escola, acho que era segundo ano. Tinha dificuldade com as instruções para montar uns brinquedos de encaixar. A professora usava uns impressos bem coloridos. Me lembro de ter ajudado ela em casa com um daqueles manuais de montar uma estante pequena, comprada numa loja de departamento, custou uns 80 reais. Aquilo ali era um exemplo prático, sabe? De como entender instruções era importante.

Esses textos, tipo receita de bolo, guia de montagem, lista de compras, convite de aniversário… A gente usa direto, né? A EF12LP04 fala disso: compreender esses textos do dia-a-dia.

Naquela época, ajudei minha filha com os desenhos e as setas do manual. Hoje ela se vira bem com isso, até ajuda a avó a programar o timer do fogão novo seguindo as instruções.

Compreender instruções. Vida prática. EF12LP04.

Qual é o objeto de conhecimento de leitura?

A tarde caía em tons de laranja e carvão, como um quadro de Monet, enquanto eu pensava nisso… O objeto de conhecimento da leitura. Não um simples ato mecânico de decodificar letras, mas algo… imenso. Uma construção. Uma ponte. Uma dança entre o texto e a alma.

A leitura é significado. É sentir a pele da personagem, o cheiro do café da manhã descrito, o peso da solidão que emana das linhas. É mais do que decodificação, sabe? É mais do que palavras. É a força da emoção. É um mergulho visceral no universo que o autor te oferece. É ter vontade de gritar, de chorar, de rir. É meu corpo todo vibrando.

Lembro-me da primeira vez que li “Cem Anos de Solidão”, de Garcia Márquez, em 2023, em meu pequeno apartamento alugado, engolido por um silencioso rio de palavras. Era setembro, o vento frio da noite entrava pelas frestas das janelas, e eu, coberto por uma manta velha, me perdia nas gerações de Buendía. Era um portal, um túnel, uma explosão de cores e sensações.

  • O som da chuva na janela, a textura da manta, a fragrância do chá de camomila…Tudo se misturava à narrativa.
  • A construção do significado acontecia por meio de múltiplas conexões pessoais.
  • Cada parágrafo era um suspiro, uma inalação, uma explosão de sentidos.

Compreender não é recitar. Não é um papagaio repetindo frases. É sentir, interpretar, questionar. É a sinfonia da mente dialogando com a obra. É uma construção individual e única. Minha compreensão de Cem Anos de Solidão difere da sua, e da de qualquer outra pessoa. É a beleza da individualidade, da subjetividade. E isso, sim, é mágico.

Acho que o cheiro do café daquele dia ainda está impregnado na minha memória, junto à imagem daquela página desbotada, rabiscada com anotações à lápis. A leitura, para mim, é mais do que uma habilidade; é uma experiência. Uma experiência sensível, profunda, única. E a cada leitura, uma nova construção, um novo sentido.

Qual é o objeto de conhecimento de leitura?

A leitura… Às vezes penso nisso tarde da noite, sabe? A cabeça cheia de ideias soltas, como estrelas apagadas num céu cinzento. O objeto do conhecimento em leitura não é só “ler” as palavras, mas sim construir sentido.

É difícil explicar. É como montar um quebra-cabeça, só que o quebra-cabeça é a própria realidade, a própria história, e as peças são as palavras, as frases… até as imagens que a gente cria na cabeça. É um processo tão íntimo, tão pessoal… Às vezes me pego pensando em como o meu amigo Paulo lia Machado de Assis, totalmente imerso, enquanto eu mesma, com o mesmo livro, via outras coisas.

  • Interação ativa: Não é passivo. A gente não é uma esponja absorvendo informação. A gente cria a compreensão.
  • Construção de significado: Não é só decodificar letras. É interpretar, relacionar com o que já sabemos, criar conexões… um trabalho árduo, sabe? Às vezes frustrante.
  • Singularidade da experiência: Cada leitura é única. Depende do nosso conhecimento prévio, das nossas experiências de vida, até do nosso humor naquele dia. Recordo perfeitamente a leitura de “O Pequeno Príncipe” na minha adolescência… totalmente diferente da leitura que fiz agora, em 2023. Meu Deus, como os anos voam…

Essa construção de sentido… é um processo solitário, mas ao mesmo tempo, tão compartilhado. Compartilhado através dos diálogos que a leitura desperta. Lembro-me de tantas discussões com meus alunos sobre o significado de passagens complexas, sobre as entrelinhas…

Sinto uma certa… melancolia, escrevendo isso. Talvez a saudade daqueles momentos, das noites longas, entre páginas e reflexões.

#Compreensão #Leitura #Texto