Quais são as palavras mais usadas pelos nordestinos?

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Gírias nordestinas populares:

  • Morgado: Desanimado, sem energia.
  • Mangar: Zoar, tirar sarro.
  • Migué: Desculpa esfarrapada.
  • Ôxe: Expressão de surpresa ou dúvida.
  • Peba/Paia: Algo ruim, de baixa qualidade.
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Quais são as gírias e expressões mais comuns do Nordeste?

Cara, no Nordeste a gíria muda de estado pra estado, de cidade pra cidade, até de bairro pra bairro! Mas algumas palavras todo mundo entende. “Morgado”, por exemplo, é tipo, “deprimido”, sabe? Lembro de meu avô em Natal, em 2018, falando “tô morgado” depois que o time dele perdeu. Triste mesmo, coitado.

“Mangar”, isso é zoar, sacanear. Meus amigos em Fortaleza, em 2021, sempre me “mangavam” por causa do meu sotaque. Custava uns 5 reais um pastel, mas as gozações eram de graça.

“Migué” é uma desculpa esfarrapada, dessas que a gente inventa na correria. Tipo, “ah, o ônibus quebrou, migué!”. Já usei muito, confesso! Em Recife, numa viagem em 2020, fiz um migué tão grande que quase me deram uns tapas.

“Ôxe” é complicado, hahaha. É tipo, um “ué?”, um “sério?”, um “como assim?”. Depende muito do tom. Usei muito em Salvador em 2019, pra mostrar minha incredulidade.

“Peba” ou “paia” é algo ruim, de baixa qualidade. Comida “paia”, serviço “peba”… já vi muita coisa “paia” na minha vida, principalmente nos mercados populares de João Pessoa. Um exemplo? Um abacaxi comprado em 2017 por 3 reais, que estava completamente azedo. Triste.

Informações curtas:

  • Morgado: Desanimado.
  • Mangar: Zoar.
  • Migué: Desculpa fraca.
  • Ôxe: Interjeição de dúvida/surpresa.
  • Peba/Paia: Ruim, de baixa qualidade.

Quais são as palavras que os nordestinos falam?

Nordestino? Vocabulário próprio.

  • Arretado: Irritado. Ou bom demais, depende do dia.
  • Assuntado: Medroso. Lembra minha avó.
  • Bão: Claro, “bom”. A vida podia ser mais.
  • Buchada: Cabra dentro de cabra. Pra quem aguenta.
  • Côco: A caixa de pensar. Às vezes, vazia.
  • Danado: Intensificador. Tipo, “danado de bom”.
  • Lascado: Sem grana. A sina de muitos.
  • Mermo: Reforço. Tipo, “é mermo”.
  • Ôxe: Espanto. Falam tanto.
  • Paia: Sem graça. Que nem muita gente por aí.
  • Rapa: Menino. Tantos pelas ruas.
  • Tezão: Vontade. Essencial pra viver.
  • Xêro: Cheiroso. Ou bonito, depende do olhar.

Palavras moldam o mundo. Ou o contrário?

Quais são as palavras mais usadas no Nordeste?

Cara, essa pergunta me pegou de surpresa! Tô no Rio, mas morei um tempo em Natal, em 2023, e lá sim, ouvi um monte de gírias.

Cambito, nunca ouvi falar, sério. Mas morgado, isso sim, era comum. Lembro de uma amiga, a Lúcia, falando “tô tão morgado hoje!” depois de uma prova difícil da faculdade, lá pela metade de julho. A cara dela era a própria definição da palavra! Desanimada total.

Ôxe, isso é clássico! Todo mundo usa. Um “Ôxe!” com uma sobrancelha arqueada é um comentário completo, tipo, “ué, que história é essa?”. Usei muito, rsrs.

Mangar e fuleiragem eram quase sinônimos na minha experiência, sabe? Só mudava a intensidade da brincadeira, acho.

Peba ou paia, aí sim! Meus primos usavam pra tudo que era coisa ruim, de comida estragada a um filme chato, a um serviço mal feito. Aquele “essa festa foi paia demais!”, sabe? Lembro de uma festa de aniversário da minha prima, em agosto, que foi realmente “paia”. A decoração tava horrível!

Migué, também ouvia bastante. Era uma desculpa esfarrapada mesmo. Tipo, “dei um migué pra professora e saí da aula”.

Ah, esqueci de algo importante: ““, também é bem usado, igual o ôxe, mas com uma pitada a mais de comando, tipo “xô, vai embora!”.

Enfim, é difícil dizer as mais usadas, mas essas aí eu tenho certeza que estão no top 5 da minha experiência.

Quais são as gírias usadas no Nordeste?

A noite cai, e com ela, as palavras do Nordeste vêm à mente. Pernambuco, em particular, guarda um dialeto saboroso, um jeito único de expressar o dia a dia.

  • Abestalhado: Mais que bobo, é quase como se a pessoa estivesse alheia ao mundo. Lembro de um amigo, sempre distraído, vivendo em seu próprio universo. Era o abestalhado mais querido que conheci.
  • Arretado: Pode ser a fúria estampada no rosto, mas também a alegria que transborda. Um show arretado, uma comida arretada, a vida, às vezes, arretada.
  • Buliçoso: Aquele que não sossega, que precisa tocar em tudo. Me faz lembrar da infância, quando a curiosidade era maior que o juízo.
  • Fuleiro: Aquele produto que quebra na primeira semana.
  • Gabiru: Rato, rato de esgoto.
  • Mangar: Zombar de alguém.
  • Pantim: Fingir, enrolar.
  • Tabacudo: Um sinônimo mais forte para idiota.

Quais são os sotaques nordestinos?

Os sotaques nordestinos? Bah, tchê, meu rei, minha rainha, é mais fácil achar uma agulha num palheiro do que listar todos! É cada um mais arretado que o outro, parecendo que cada cidade inventou o português de novo.

  • Baiano: Aquele sotaque cantado, cheio de “oxente” e “bora”, que te faz sentir num eterno Carnaval, mesmo que você esteja só comprando pão na padaria. Lembra da Ivete? Multiplica por mil e tá perto. Aqui em casa, minha avó baiana fala “meu filho” pra todo mundo, do cachorro ao carteiro.

  • Cearense: Com um “ei” no final de cada frase, parece que tão sempre te chamando, mesmo quando só tão comentando sobre o tempo. Tipo, “sol quente, ei?”. Já fui pro Ceará e passei uma semana respondendo “oi” pro nada.

  • Pernambucano: Cheio de expressões próprias, tipo “oxe” e “eita”, que você precisa de um dicionário pra entender. Minha tia pernambucana fala tão rápido que parece que tá cuspindo as palavras. Juro, é um desafio acompanhar a conversa!

  • Paraibano: Com um “vixe” pra cada situação, desde um café derramado até um apocalipse zumbi. Sério, parece que o vocabulário deles se resume a “vixe”, “mainha” e “painho”. Mas adoro!

  • Potiguar: Com uma mistura de sotaques vizinhos, mas com a sua própria identidade. Confesso que não entendo muito bem, parece que tão falando outra língua. Tipo, “arengar” pra eles é brigar, né? Aqui em casa, ninguém é do RN, então não tenho muitas referências, sorry.

  • Alagoano: Outro sotaque cantado, que te faz sentir num musical da Broadway, mesmo que estejam só reclamando do calor. Conheci um cara de Alagoas que falava “arretado” pra tudo, do café da manhã ao trânsito.

  • Sergipano: Menos conhecido, mas não menos charmoso. Lembra um pouco o baiano, mas com um toque especial de mistério. Nunca fui a Sergipe, mas tá na minha lista!

  • Maranhense: Com influências indígenas e africanas, é um sotaque único e cheio de história. Dizem que é o mais diferente de todos, mas não tenho certeza.

Enfim, os sotaques nordestinos são muitos e variados, cada um com sua própria beleza e peculiaridade. Impossível descrever todos! Seria mais fácil escalar o Everest de chinelo.

Quais são os xingamentos nordestinos?

Xingamentos nordestinos? Olha, a coisa é mais complexa que parece. Não são apenas palavras ofensivas, mas expressões carregadas de contexto cultural, uma verdadeira aula de sociolinguística disfarçada de “puxão de orelha”. Em Pernambuco, por exemplo, a variedade é rica:

  • Abestalhado: Ignorante, um bobo. Lembra um pouco aqueles personagens de comédia pastelão, sabe? Aquele que tropeça e leva um tombo, só que na vida real.
  • Arretado: Aí complica! Pode ser positivo (valente, corajoso) ou negativo (bravo, furioso), dependendo do tom e contexto. É tipo um “forte” que pode ser elogio ou ameaça, dependendo da entonação!
  • Buliçoso: Essa eu conheço bem! Quem nunca foi chamado assim por ficar mexendo nas coisas dos outros, não é? A imagem que me vem à cabeça é a de uma criança curiosa, mas um pouco inconveniente.
  • Fuleiro: De má qualidade, sem valor. Acho que a palavra evoca a imagem de algo desgastado, quase podre. Como uma roupa velha e desbotada.
  • Gabiru: Rato grande, mas a conotação vai além. É como se dissesse “seu rato imundo!”. Aquele sujeito que vive na sujeira e faz sujeira.
  • Mangar: Zombar, debochar. É o tipo de brincadeira que machuca, uma ironia carregada de sarcasmo. Me lembra daquela cena dos clássicos filmes de comédia, onde a vítima leva uma tremenda gozação.
  • Pantim: Criar confusão, alvoroço. É alguém que faz tempestade em copo d’água, daqueles que exageram nas reações. Lembro de um vizinho que era um mestre nisso.
  • Tabacudo: Bobo, tolo, desajeitado. A imagem que vem à mente é de alguém que se atrapalha em tudo o que faz, tipo um Pateta humano.

A riqueza da língua nordestina reside nessa capacidade de expressar muito com poucas palavras, de carregar significados múltiplos em um único termo. É uma linguagem viva, que reflete a força e a diversidade de uma cultura vibrante. E sim, é muito mais do que xingamentos: é poesia coloquial.

Pensando bem, a linguagem é um espelho da alma… ou será que é o contrário? Afinal, qual a verdadeira natureza do ser humano: o que ele fala ou o que ele pensa? É uma questão que me intriga. Ainda estou procurando a resposta.

#Gírias Nordeste #Nordestino