Qual a classe gramatical da palavra sexta-feira?

Sexta-feira: Um Substantivo que Marca o Fim da Semana de Trabalho

A palavra “sexta-feira” ocupa um lugar peculiar na nossa semana. Mais do que um mero dia, ela carrega em si a expectativa do fim de semana para muitos, representando descanso e lazer após dias de trabalho ou estudo. Mas qual a sua classe gramatical? A resposta, aparentemente simples, revela nuances interessantes.

“Sexta-feira” é, sem sombra de dúvida, um substantivo próprio feminino. Sua natureza substantiva é evidente pela sua função de nomear um ente concreto: um dia da semana. A classificação como “próprio” se justifica por se tratar de um nome específico, único na sequência dos dias. A flexão de gênero feminino é comprovada pela concordância com artigos e adjetivos, como em “a sexta-feira chuvosa” ou “uma linda sexta-feira”.

A etimologia da palavra reforça sua classificação. Derivada do latim, “sexta-feira” é uma composição que reflete diretamente sua posição na semana: “sexta” (seis) + “feira” (dia de mercado, dia da semana). “Feira”, por sua vez, era um dia tradicionalmente dedicado ao comércio e às atividades comunitárias, o que demonstra uma ligação histórica com a organização social.

É importante diferenciar “sexta-feira” de outras expressões relacionadas ao tempo. Enquanto “sexta” pode funcionar como adjetivo ordinal (a sexta casa) ou numeral (seis), “sexta-feira” se mantém como substantivo próprio, sem possibilidade de flexão para plural, como ocorre com outros dias da semana. Não dizemos “sextas-feiras”, mas sim “várias sextas-feiras”, utilizando a expressão para referir-se a múltiplas ocorrências do dia.

Em suma, a análise gramatical de “sexta-feira” confirma sua função central como substantivo próprio feminino, um nome que designa o sexto dia da semana, carregado de significado cultural e social. Sua origem latina e sua relação com o número seis completam a compreensão de sua construção e significado na língua portuguesa.