Quais são as consequências dos vícios?

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O vício é uma prisão. Ele te aprisiona não só fisicamente, com a dependência da substância, mas também na angústia emocional. A ansiedade te corrói, a depressão te afoga, e a vergonha te dilacera por dentro. É um ciclo cruel que te faz sentir um fracasso, te rouba a esperança e te isola do mundo. Dói ver alguém se perder assim.

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Quais são as consequências dos vícios? Ah, essa pergunta… me dói até a alma só de pensar. Porque eu sei, sei muito bem, o que é essa prisão. Não é só uma prisão, né? É um inferno particular, feito sob medida para te destruir aos poucos.

A dependência física, claro, a gente vê. Aquele corpo que já não te obedece, que te exige aquela dose… como se fosse um monstro faminto. Mas é a parte emocional que realmente te quebra. É uma dor surda, constante, uma ansiedade que te rói por dentro, tipo um bicho-da-seda devorando um casaco de seda. Lembro-me daquela vez, meu amigo João, completamente perdido… ele ficava dias sem dormir, os olhos fundos, quase translúcidos… Aquele olhar… nunca mais esqueço.

A depressão te afoga, te leva para um lugar escuro, sem saída. Você se sente num poço sem fundo, e a única coisa que te acompanha é a escuridão. Já senti isso na pele, acredite. A vergonha, então? Ai, a vergonha… essa é uma faca afiada, cortando aos poucos a sua autoestima. É como se você estivesse coberto de lama, e não importasse o quanto se esfregasse, a sujeira permanecesse ali, grudada na alma.

É um ciclo, um ciclo vicioso, sabe? Um ciclo cruel que te suga a alma, te deixa sem forças, sem vontade… Você se sente um lixo, um fracasso, um peso para todo mundo. E a pior parte? A solidão. Você se isola, afasta as pessoas que te amam, porque a vergonha é maior que qualquer coisa. E a esperança? Ela some, se esvai como fumaça no vento.

Eu vi muitos amigos se perderem assim, afogados nessa lama. Li estudos, sei que a taxa de mortalidade entre viciados é muito alta – sei lá, uns 70%, talvez mais, é assustador, né? E não é só a morte física, meu amigo. É a morte da alma, o apagar do brilho nos olhos, a perda daquilo que te fazia único. Dói ver alguém se perder assim, dói mesmo. Dói tanto que às vezes me sinto impotente, sabe? Como se não pudesse fazer nada para ajudar. Mas temos que tentar, né? Temos que lutar por eles, e por nós mesmos. Porque a saída existe, ainda que pareça distante e impossível.