O que fazer quando se perde a carteira no estrangeiro?

Ai, meu Deus! Perdi a carteira! No estrangeiro! Aquele frio na barriga, sabe? Aquele aperto no peito que quase te sufoca. Lembro-me, uma vez em Roma, aquele caos maravilhoso, mas… de repente, vazio. Onde estava a carteira? Aquele espaço vazio no bolso era um buraco negro engolindo minhas férias. Primeiro, o pânico, claro. Um tsunami de pensamentos negativos. E agora?

A primeira coisa, a que me disseram, e que aprendi na marra, é: polícia. Sim, a polícia local. Parece óbvio, mas naquele momento, a cabeça está tão a mil que nem isso vem à mente. Eu, boba, fiquei ali procurando por um tempo, como se fosse reaparecer magicamente. Depois, a ficha caiu. Delegacia. E não aquela super moderna, não, fui parar numa pequenina, com um cheiro estranho a café velho e papelada empoeirada. Mas eles foram incrivelmente atenciosos, explicaram tudo direitinho, mesmo com a minha explicação em inglês quebrado.

Registrar o ocorrido… isso é fundamental! É a sua prova, o seu atestado de óbito para a sua carteira antiga, sabe? Sem esse papel, esqueça de conseguir sequer bloquear os cartões, e imagine a novela que é depois, com os bancos a fazerem perguntas e mais perguntas… Eu sei, eu passei por isso. Demorou uma eternidade para resolver tudo, e gastei uma fortuna com chamadas internacionais. Quase 300 euros, se não me falha a memória, e foram só os telefonemas! Nem considero o estresse e o tempo perdido.

Então, amigos, anote aí: polícia primeiro! Faça um boletim de ocorrência detalhado, com tudo: tipo de carteira, cor, o que tinha lá dentro (passaporte, cartões, dinheiro… até a foto do seu avô que você carregava, não subestime os detalhes!), o local e a hora do ocorrido. Tudo! Até parece que vai precisar para pedir uma indenização a uma seguradora… e, na verdade, quem sabe um dia não precisará? Vale muito a pena registrar tudo direitinho, até para o seu próprio bem. E claro, depois, a maratona de bloquear cartões, avisar o banco… uma aventura e tanto, né?