Qual o tempo máximo para uma criança começar a falar?

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A maioria das crianças inicia a fala por volta de um ano, pronunciando palavras simples como mamãe e vovô. Antes disso, aos nove meses, já podem emitir sons bilabiais, como dada. A ausência de fala até os dois anos, porém, requer avaliação médica (pediatra) e/ou fonoaudiológica para descartar possíveis problemas.

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O Silêncio que Preocupa: Até Quando Esperar a Fala da Criança?

A chegada das primeiras palavras é um marco aguardado com ansiedade por todas as famílias. Aquele “mamã” balbuciado, o “papá” ainda incerto, enchem os corações de alegria e orgulho. Mas, afinal, qual o tempo máximo considerado “normal” para uma criança começar a falar? E quando a ausência de palavras deve se tornar motivo de preocupação?

É importante entender que o desenvolvimento da fala é um processo gradual e individual. A maioria das crianças inicia a produção de palavras simples, como “mamã”, “papá”, “dá” e “não”, por volta dos 12 meses. Antes disso, já demonstram progressos na comunicação, balbuciando, interagindo com sorrisos e olhares, e emitindo sons que aos poucos vão se aproximando da fala. Por volta dos 9 meses, por exemplo, são comuns os sons bilabiais, como “dadá” e “babá”.

No entanto, essa linha do tempo não é uma regra rígida. Algumas crianças podem começar a falar um pouco antes, outras um pouco depois, sem que isso represente, necessariamente, um problema. Fatores como o ambiente familiar, a estimulação recebida, a personalidade da criança e até mesmo a ordem de nascimento entre irmãos podem influenciar esse processo.

O sinal de alerta: a ausência de fala aos dois anos. Se a criança completar dois anos sem pronunciar nenhuma palavra compreensível, é fundamental buscar avaliação profissional. Nesse caso, recomenda-se consultar o pediatra e/ou um fonoaudiólogo.

Por que a avaliação é importante?

A ausência de fala aos dois anos pode ser um indicativo de diferentes questões, desde um simples atraso no desenvolvimento da linguagem até problemas mais complexos, como:

  • Distúrbios da audição: Problemas auditivos podem dificultar a percepção dos sons da fala, impactando diretamente na sua aprendizagem.
  • Transtornos do desenvolvimento da linguagem: Condições como o Transtorno Específico de Linguagem (TEL) afetam a capacidade da criança de compreender e utilizar a linguagem.
  • Alterações neurológicas: Em alguns casos, a dificuldade na fala pode estar relacionada a questões neurológicas que precisam ser investigadas.
  • Fatores ambientais: A falta de estímulo e interação no ambiente familiar também pode contribuir para o atraso na fala.

Estimulando a comunicação:

Independentemente da idade, estimular a comunicação desde cedo é fundamental para o desenvolvimento da fala da criança. Algumas dicas importantes são:

  • Converse bastante com a criança, mesmo antes dela começar a falar. Narre o seu dia, explique o que está fazendo, cante músicas e leia histórias.
  • Dê nome aos objetos e ações: Aponte para os objetos e diga o nome deles, descreva as ações que está realizando.
  • Imite os sons da criança: Responda aos balbucios e incentive a imitação dos sons.
  • Crie um ambiente rico em linguagem: Ofereça livros, músicas e brinquedos que estimulem a comunicação.
  • Evite a superproteção linguística: Não tente adivinhar o que a criança quer dizer antes mesmo dela tentar se expressar. Incentive-a a se comunicar, mesmo que ainda não consiga formar frases completas.

O desenvolvimento da fala é uma jornada única para cada criança. Observar, estimular e buscar ajuda profissional quando necessário são atitudes essenciais para garantir que essa jornada seja plena e bem-sucedida.