Como lidar com o idoso irritado?

Ai, meu Deus, lidar com a irritação dos mais velhos… Quem nunca, né? A minha avó, por exemplo, virava um furacão quando a pressão subia. Lembro-me de uma vez, estava a fazer um bolo de chocolate – o favorito dela, coisa que ela adorava – e ela simplesmente explodiu! Por quê? Porque o bolo estava demorando a assar, e ela, com aquela dor terrível nas costas, achou que eu estava a fazer tudo de propósito para a deixar esperando. Será que alguma vez a gente consegue entender completamente o que se passa na cabeça deles?

A verdade é que paciência é a palavra-chave, e muita. Mas não é só isso, não é? Temos que tentar descobrir o porquê da irritação, sabe? Conversar, mesmo que seja difícil, sentar-se ao lado e tentar entender o que a está a incomodar. Às vezes, é uma coisa simples, uma dorzinha chata, uma dor nas costas que não passa, a pressão alta… Eu mesma já descobri que, com a minha avó, muitas das explosões vinham de uma simples azia. Imagina? Ela toda a esbravejando e eu lá a descobrir que era só uma azia! Dez minutos depois, com um copo de água e um sorriso, ela estava outra vez a falar das flores do jardim.

É preciso também pensar que eles não são máquinas, né? As mudanças físicas do envelhecimento, as dores, os medos… tudo isso contribui para o aumento da irritabilidade. Já li em algum lugar – não sei onde, mas fiquei a saber – que algo como 80% dos idosos sofrem de alguma dor crônica. Oitenta por cento! É muita gente! Imagine só o quanto isso pode influenciar o humor e o comportamento. A gente precisa ter isso em mente. Não é birra, muitas vezes é dor, desconforto, ou até mesmo confusão. Tenho que aprender a lidar melhor com a minha avó, ela não está a ficar má, ela está a ficar… velha. E a velhice às vezes é difícil.

Então, o que fazer? Conversar, tentar entender, ter paciência… E pedir ajuda, claro! Às vezes, a gente precisa de ajuda profissional, para lidar com isso melhor. Não há vergonha nenhuma em procurar apoio. Afinal, ninguém nasce sabendo como lidar com a irritabilidade de um idoso. É um aprendizado contínuo, um amor paciente, e muito, muito carinho. Muitas vezes, só um abraço apertado resolve.