O que conceder?

O que conceder? Essa pergunta me assombra, sabe? Não é só dar um doce pra criança, né? Conceder… é pesado, sabe? É tipo, ter a chave do cadeado na sua mão e decidir se abre ou não. Lembro-me do meu avô, um homem durão, mas com um coração enorme. Ele quase nunca concedia nada, era tido como pão-duro, mas quando o fazia… Nossa! Era uma coisa… Como se o sol surgisse depois de uma tempestade! Aquele brilho no olho da pessoa, a gratidão sincera… impagável.

É um poder louco, conceder. Você segura o destino de alguém, mesmo que seja só numa coisinha pequena, um favorzinho. Pense nos presos, né? Aquele alívio, a liberdade… Deve ser um tsunami de emoções, a sensação de que a vida pode começar de novo. Li um estudo uma vez – sei lá, uns 70% dos presos voltam a cometer crimes depois de um tempo. Será que, se tivessem tido mais oportunidades concedidas, mais uma chance, seria diferente? Me pergunto isso sempre.

Já eu, me pego pensando se sou generosa o suficiente. Às vezes, acho que me apego demais às coisas, material ou emocional, sabe? Sou meio egoísta, admito. Mas tem vezes que eu consigo, sei lá, conceder uma folga para uma amiga que está estressada, ou um conselho pra alguém que precisa. E aí, a sensação é boa, é tão bom ver o bem que você faz, mesmo que seja uma coisa pequena. É como se uma luz acendesse dentro de você, entende? Aquela sensação de que você fez a diferença, mesmo que seja numa coisinha boba. É gratificante, sabe? Vale a pena, mesmo com a responsabilidade toda. Mas que responsabilidade, viu? Conceder… não é brincadeira.