Quando muito ou quanto muito?

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Quando muito é a forma correta, significando no máximo. O uso de quanto muito, embora comum, é incorreto. Provavelmente, surgiu por analogia a expressões como quanto mais, mas seu significado é diferente. A forma correta preserva o sentido de limite máximo.

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Quando muito ou quanto muito? Desvendando a dúvida sobre a quantidade máxima

A língua portuguesa, rica em nuances e expressões idiomáticas, frequentemente nos apresenta desafios gramaticais. Uma dúvida recorrente que surge no dia a dia é a escolha entre “quando muito” e “quanto muito” para expressar a ideia de quantidade máxima, limite superior. Apesar de “quanto muito” ser uma forma bastante ouvida, a gramática normativa aponta apenas “quando muito” como a forma correta.

A confusão entre as duas expressões provavelmente se origina de uma analogia com locuções adverbiais como “quanto mais”, “quanto menos”, que indicam proporcionalidade. Em “quanto mais estudo, mais aprendo”, há uma relação direta entre o estudo e o aprendizado. No entanto, essa lógica não se aplica à expressão que busca indicar um limite.

“Quando muito” deriva da conjunção temporal “quando” e funciona como uma locução adverbial que indica o limite máximo, o máximo possível. Imagine a seguinte situação: “Ele levará, quando muito, duas horas para chegar”. A frase indica que o tempo de viagem não ultrapassará duas horas; esse é o limite superior. Substituir por “quanto muito” altera completamente o sentido, criando uma frase sem sentido lógico e gramatical.

A utilização de “quanto muito” é um vício de linguagem, fruto de uma associação equivocada. Sua utilização, apesar de frequente na oralidade informal, demonstra um descuido com a norma culta da língua. Assim como erros como “mau-humorada” ao invés de “mal-humorada”, o uso de “quanto muito” em vez de “quando muito” revela uma falha na compreensão da estrutura e significado das palavras.

Portanto, para expressar a ideia de limite máximo, de quantidade ou tempo que não excederá determinado valor, a forma gramaticalmente correta e recomendada é sempre “quando muito”. Evitar o uso de “quanto muito” contribui para uma escrita mais precisa e formal, garantindo a clareza e a correção da mensagem. Priorize a precisão linguística e utilize a forma correta para evitar ambiguidades e comunicar-se com eficácia.

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