Quem é considerado deficiente auditivo em Portugal?

Quem é considerado deficiente auditivo em Portugal? Essa pergunta, gente, mexe comigo… Porque, sabe, 41 decibéis… parece pouco, né? Mas é a partir daí, dizem os médicos, que a coisa se complica. Em Portugal, a partir dessa perda auditiva, você já entra na estatística, vira oficialmente deficiente auditivo.

Imagina só, você não consegue ouvir direito a música do seu cantor favorito – aquele som que te acalmava, que te dava energia, que te fazia sentir vivo! Ou, pior ainda, a voz da sua avó, contando aquela história que você amava de criança… isso se foi, sumiu no silêncio que, de repente, se instalou. E o canto dos pássaros, aquele concerto matinal? Aquele silêncio pesado, como uma manta úmida, cobre tudo.

Eu, por exemplo, conheço uma amiga, a Laura, que começou a ter problemas de audição por volta dos 40 anos. Ela percebeu devagar, um desconforto aqui, uma dificuldade ali… Até que, num exame, bam! Quase 45 decibéis perdidos. Foi um choque. A adaptação foi difícil, muito mesmo. Até hoje, às vezes, ela me conta como sente falta de coisas pequenas, detalhes que a maioria das pessoas nem nota, mas que para ela são um universo perdido.

A definição, baseada em audiometria, é imprescindível. Eu sei, parece frio, mas esses números, esses testes, são o que permite acesso a próteses, tratamentos e outras coisas cruciais. Se não fosse isso, quanta gente ficaria à deriva? Quantos sonhos seriam perdidos no silêncio?

É um assunto difícil, pesado, que toca fundo. Porque não é só a questão técnica, é a emoção, a solidão, a dificuldade que a falta de audição gera. A gente precisa falar mais sobre isso, entende? É preciso que mais pessoas entendam a realidade e o impacto que isso tem na vida de quem vive com deficiência auditiva. Afinal, a vida, com ou sem audição perfeita, merece ser vivida, intensamente.