Quem tem problema de surdez tem direito à aposentação?

9 visualizações

Pessoas com deficiência auditiva têm direito à aposentadoria por idade igualando-se aos demais trabalhadores (homens com 60 anos e mulheres com 55 anos). Devem comprovar pelo menos 180 contribuições ao INSS.

Feedback 0 curtidas

Surdez e Aposentadoria: Direitos e Acesso à Previdência Social

A surdez, em seus diferentes graus, impacta significativamente a vida de milhões de brasileiros, afetando a comunicação, o acesso ao trabalho e, consequentemente, a possibilidade de garantir uma aposentadoria digna. No entanto, a legislação previdenciária garante direitos iguais às pessoas com deficiência auditiva, desde que cumpridos os requisitos estabelecidos pelo Instituto Nacional do Seguro Social (INSS). A crença de que a surdez garante algum tipo de benefício previdenciário diferenciado é um equívoco comum.

Igualdade de direitos, mas com exigências específicas:

Contrariamente ao que muitos imaginam, pessoas com deficiência auditiva não têm direito a uma aposentadoria especial ou antecipada apenas por possuírem surdez. A aposentadoria por idade, para esse grupo, segue as mesmas regras aplicáveis à população em geral. Isso significa que:

  • Homens: precisam completar 60 anos de idade e comprovar no mínimo 180 contribuições ao INSS.
  • Mulheres: precisam completar 55 anos de idade e comprovar no mínimo 180 contribuições ao INSS.

A comprovação da surdez não é um fator determinante para a concessão da aposentadoria por idade, mas sim a idade e o número mínimo de contribuições. A deficiência auditiva, nesse contexto, não configura uma condição que automaticamente garante uma aposentadoria antecipada.

A importância da documentação:

Para requerer a aposentadoria, o indivíduo surdo deve apresentar ao INSS toda a documentação necessária, incluindo:

  • Documento de identidade (RG e CPF);
  • Comprovante de endereço atualizado;
  • Exames médicos comprobatórios da surdez (laudo médico);
  • Extrato do CNIS (Cadastro Nacional de Informações Sociais), que comprova o histórico de contribuições ao INSS.

A apresentação do laudo médico com o diagnóstico de surdez é crucial para comprovar a condição da pessoa, principalmente em casos de perícia médica do INSS. Entretanto, reforçamos que este laudo apenas garante o acesso ao direito de aposentadoria após o cumprimento dos requisitos de idade e contribuições.

Buscando auxílio especializado:

O processo de solicitação de aposentadoria pode ser complexo e burocrático. Recomenda-se a procura por auxílio de profissionais especializados, como advogados previdenciários ou assistentes sociais, que podem auxiliar na organização da documentação e no acompanhamento do processo junto ao INSS.

Conclusão:

As pessoas com surdez têm direito à aposentadoria por idade nos mesmos termos que os demais trabalhadores brasileiros. A chave para o acesso a esse benefício reside no cumprimento dos requisitos de idade e número de contribuições, e não na condição de surdez em si. A busca por informações precisas e a orientação profissional são essenciais para garantir o direito à aposentadoria e uma vida digna após a jornada de trabalho.