Como criar um texto atrativo?

Como escrever textos atrativos?

Título: Escrever para prender. Um tédio necessário.

• Clareza: Palavras precisas. Sem enrolação. Direto ao ponto. Como um tiro. Lembro da minha avó dizendo: “Fala pouco, mas fala bem”. Sabedoria antiga.

• Imagens: Criar cenas. Detalhes. Concretude. Escrever é pintar com palavras. Meu quadro favorito? “O Grito” de Munch. A angústia palpável.

• Som: Ritmo. Musicalidade. Frases curtas, longas. Variar. Quebrar a monotonia. O silêncio entre as notas. Fundamental. Como um solo de saxofone. Lembro das madrugadas ouvindo jazz.

• Emoção: Provocar. Incomodar. Mexer com o leitor. A indiferença é a morte. A paixão, a vida. Já sentiu a raiva te consumir? A alegria te inundar? Escreva isso.

• Surpresa: Subverter expectativas. O imprevisível. A quebra da lógica. Um soco no estômago. Um tapa na cara. A vida é assim. Cheia de curvas.

Resposta: Clareza, imagens, som, emoção e surpresa. Os pilares de um texto que prende. O resto é perfumarismo. Inútil.

O que é preciso para ter um bom texto?

Bom texto? Conhecimento. Clareza. Simples assim.

• Domínio do assunto: Pesquisa. Leitura. Experiência. Na semana passada, por exemplo, precisei escrever sobre a crise hídrica de 2021 no interior de São Paulo. Meu tio vive lá. Informações de primeira mão. Imprescindível.

• Clareza: Ideias objetivas. Frases concisas. Evitar jargões desnecessários. Lembrei de um artigo que li, sobre a eficácia da escrita minimalista. Menos é mais. Acho que foi na The Atlantic. Preciso procurar.

• Estrutura: Introdução, desenvolvimento, conclusão. Sequência lógica. Fluxo natural. Como um rio. Ou, às vezes, como uma explosão. Depende.

E mais: Revisão. Edição. Prática. Escrever é um processo. Um parto. Às vezes, doloroso. Mas necessário. Meu primeiro livro? Dez anos de trabalho. Ainda sinto dor. Uma boa dor.

Resumindo: Conhecimento, clareza, estrutura. E persistência. Sem atalhos. A escrita é uma maratona. Não uma corrida de cem metros. Entendeu?

O que um texto precisa ter?

Coesão e coerência: Imagine um texto como um bom molho pesto: precisa ter ingredientes que combinem entre si (coesão) e um propósito claro – no caso do pesto, cobrir gloriosamente uma massa, e no texto, transmitir uma ideia (coerência). Sem coesão, vira uma salada russa meio esquisita, e sem coerência, um purê de palavras sem gosto. Uma vez, tentei fazer um pesto com azeitonas… não façam isso em casa.

Unidade temática: Falando em salada russa, um texto precisa ter um tema central, um fio condutor que une todas as partes. Pense num espetinho: a ideia principal é o palito que mantém os pedaços de carne (as frases) unidos. Sem o palito, vira só um monte de carne solta na churrasqueira, e ninguém quer isso, certo? A não ser que você seja um cachorro muito sortudo.

Intenção comunicativa: E por último, mas não menos importante: a mensagem precisa chegar ao leitor. De que adianta um texto lindo, coeso e coerente, se ele não cumpre seu objetivo? É como aquela piada que você conta e ninguém entende. Fica aquele silêncio constrangedor… Eu, particularmente, tenho um talento especial para contar piadas sem graça. Minha família que o diga.

Resumindo (para os apressadinhos e para o Google, que eu sei que está de olho): Um texto precisa de coesão, coerência e uma intenção comunicativa clara.