Como dividir e classificar uma oração?

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Classificamos as orações em absolutas, coordenadas e subordinadas. Absolutas formam períodos simples (um verbo). Coordenadas e subordinadas compõem períodos compostos, com dois ou mais verbos (ou locuções verbais) interligados, estabelecendo relações de independência ou dependência sintática.

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Desvendando a estrutura da oração: Divisão e classificação

A compreensão da estrutura da frase é fundamental para a análise sintática e a interpretação adequada de textos. Neste artigo, focaremos na divisão e classificação das orações, um processo que, apesar de parecer complexo, torna-se acessível com a devida sistematização. A chave para essa compreensão reside na identificação da presença e da relação entre os verbos (ou locuções verbais) presentes na frase.

Orações Absolutas (Período Simples): A Unidade Básica

Uma oração absoluta, também conhecida como período simples, caracteriza-se por possuir apenas um verbo (ou locução verbal). Ela expressa uma ideia completa, sem depender de outra oração para ter sentido. Observe os exemplos:

  • O gato miava insistentemente.
  • A chuva caiu forte durante a tarde.
  • Eles viajarão para o Rio de Janeiro.

Nesses exemplos, cada frase contém um único verbo, representando uma ação, estado ou fenômeno completo em si mesmo. A análise sintática de uma oração absoluta concentra-se nos seus termos essenciais (sujeito e predicado) e acessórios (adjuntos adverbiais, complementos etc.), sem a necessidade de considerar relações entre orações.

Orações em Período Composto: Independência e Dependência

Quando uma frase apresenta dois ou mais verbos (ou locuções verbais), temos um período composto. Aqui, as orações podem se relacionar de duas maneiras principais: coordenadas e subordinadas. A distinção crucial reside na dependência sintática entre elas.

1. Orações Coordenadas: Independência Sintática

As orações coordenadas são independentes entre si sintaticamente. Cada uma possui sentido completo individualmente e não depende da outra para sua compreensão. Elas se unem por meio de conjunções coordenativas (aditivas, adversativas, alternativas, conclusivas, explicativas) ou por justaposição (ausência de conjunção).

  • Exemplo com conjunção aditiva: Choveu muito e o jogo foi cancelado. (Duas orações coordenadas aditivas)
  • Exemplo com conjunção adversativa: Estudei muito, mas não obtive a nota desejada. (Duas orações coordenadas adversativas)
  • Exemplo por justaposição: A criança brincava, sorria, cantava. (Três orações coordenadas justapostas)

2. Orações Subordinadas: Dependência Sintática

As orações subordinadas são dependentes sintaticamente de outra oração, a qual chamamos de oração principal. Elas desempenham uma função sintática dentro da oração principal, podendo funcionar como sujeito, objeto, complemento nominal, adjunto adverbial, etc. Essas orações são introduzidas por conjunções subordinativas ou pronomes e advérbios relativos.

  • Exemplo de oração subordinada substantiva subjetiva: É importante que você estude. (A oração “que você estude” é sujeito da oração principal)
  • Exemplo de oração subordinada adjetiva: O livro que eu li era muito interessante. (A oração “que eu li” é adjunto adnominal do substantivo “livro”)
  • Exemplo de oração subordinada adverbial causal: Não fui à festa porque estava doente. (A oração “porque estava doente” é adjunto adverbial de causa)

Conclusão:

A classificação das orações em absolutas, coordenadas e subordinadas é essencial para a análise sintática profunda. Compreender a relação de dependência ou independência entre as orações permite desvendar o sentido completo do texto, identificando as nuances e relações de significado entre as diferentes partes da frase. A prática e a observação atenta são fundamentais para o domínio dessa classificação. Lembre-se que a identificação dos verbos e suas relações é o ponto crucial para a correta classificação.