Como dividir uma oração subordinada?

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Orações subordinadas dividem-se em três tipos: substantivas, adjetivas e adverbiais. Cada tipo exerce uma função sintática específica na frase, como sujeito, objeto direto ou adjunto adverbial.

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Desvendando a Divisão das Orações Subordinadas: Mais do que Apenas Tipos

A gramática tradicional nos ensina a classificar as orações subordinadas em três grandes grupos: substantivas, adjetivas e adverbiais. Essa classificação, embora fundamental, pode parecer superficial para quem busca uma compreensão mais profunda da estrutura e funcionamento dessas orações. Este artigo vai além da simples classificação, explorando nuances e critérios adicionais para uma análise mais completa da divisão dessas orações, focando em como identificar e separar suas partes constituintes para uma melhor compreensão.

A divisão básica, como sabemos, se baseia na função sintática que a oração subordinada desempenha na oração principal:

  • Orações Subordinadas Substantivas: Desempenham função de substantivo na oração principal. Podem ser subjetivas (sujeito da oração principal), objetivas diretas (objeto direto do verbo principal), objetivas indiretas (objeto indireto), completivas nominais (complemento nominal de um nome), predicativas (predicativo do sujeito) e apositivas (aposto). A chave aqui é identificar qual função nominal a oração subordinada está desempenhando. Por exemplo, em “Que ele viaje é importante”, a oração “que ele viaje” é subjetiva (sujeito). Já em “Desejo que ele viaje“, a oração é objetiva direta. A separação, nesse caso, é clara: a oração principal é o verbo principal e o restante, a subordinada.

  • Orações Subordinadas Adjetivas: Exercem a função de adjetivo, qualificando um substantivo ou pronome da oração principal. Subdividem-se em restritivas (que delimitam o significado do termo que modificam) e explicativas (que acrescentam informação adicional sobre o termo). A identificação se dá pela análise do termo que a oração modifica. Em “Os alunos que estudaram foram aprovados”, a oração adjetiva restritiva “que estudaram” qualifica “alunos”, especificando quais alunos foram aprovados. A separação é simples: o substantivo modificado (“alunos”) forma a base da oração principal, enquanto a oração subordinada adjetiva se liga diretamente a ele.

  • Orações Subordinadas Adverbiais: Desempenham função de adjunto adverbial, modificando o verbo, o adjetivo ou o advérbio da oração principal. Aqui, a variedade é maior, com inúmeras circunstâncias: causa, consequência, condição, concessão, comparação, tempo, finalidade, proporção, etc. A separação, neste caso, envolve identificar o conectivo adverbial que introduz a oração e a circunstância que ela expressa. Por exemplo, em “Como estava chovendo, fiquei em casa“, a oração adverbial causal “como estava chovendo” indica a causa da ação expressa na oração principal “fiquei em casa”. A principal é o verbo e seus complementos, e a subordinada é a explicação da circunstância.

Além da Classificação Básica:

A complexidade aumenta quando lidamos com orações subordinadas encaixadas, ou seja, quando uma oração subordinada contém outra em seu interior. Nesses casos, a análise deve ser feita de forma hierárquica, identificando cada oração subordinada e sua função em relação à oração imediatamente superior. A separação se torna mais detalhada, demandando uma análise sintática cuidadosa de cada nível.

Em resumo, a divisão das orações subordinadas não se resume à simples identificação dos três tipos principais. A verdadeira compreensão demanda uma análise sintática minuciosa, focando na função sintática de cada oração em relação à oração principal e à identificação precisa dos conectivos e dos termos que se relacionam. A capacidade de separar e identificar cada parte é fundamental para uma interpretação precisa e completa do texto.