Como identificar uma concordância?
A concordância verbal ocorre quando o verbo se flexiona em número e pessoa para concordar com o sujeito. Já a concordância nominal acontece quando palavras como adjetivos, numerais, pronomes e artigos concordam em gênero e número com o substantivo a que se referem.
Desvendando a Concordância: Um Guia Prático para Identificar Erros e Acertos
A concordância, na língua portuguesa, é a dança harmoniosa entre palavras, garantindo a clareza e a elegância da frase. Ela se manifesta principalmente em dois tipos: a concordância verbal e a concordância nominal. Embora aparentemente simples, a identificação de uma concordância correta ou incorreta exige atenção aos detalhes e compreensão das regras que a regem. Este artigo oferece um guia prático para navegar nesse universo gramatical, focando na identificação da concordância, não em sua definição já amplamente disponível na internet.
1. Identificando a Concordância Verbal:
A chave para identificar a concordância verbal reside em encontrar o sujeito da oração. O verbo sempre deve concordar com o sujeito em número (singular ou plural) e pessoa (1ª, 2ª ou 3ª). A dificuldade surge em casos mais complexos:
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Sujeito composto: Se o sujeito for composto e os núcleos estiverem na mesma pessoa, o verbo vai para o plural daquela pessoa. Exemplo: Eu e você iremos ao cinema. Se os núcleos estiverem em pessoas diferentes, o verbo geralmente vai para o plural da pessoa que tem prioridade (1ª > 2ª > 3ª). Exemplo: Eu e ele iremos ao cinema. Observe a concordância verbal: o verbo “iremos” concorda com “eu” e “ele”, mesmo com núcleos em pessoas diferentes.
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Sujeito composto posposto: A concordância pode se dar com o núcleo mais próximo ou com todos os núcleos no plural. Exemplo: Chegou o pai, a mãe e os filhos. ou Chegaram o pai, a mãe e os filhos. Ambas estão corretas.
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Sujeito indeterminado: Verbos na 3ª pessoa do plural sem sujeito explícito indicam sujeito indeterminado. Exemplo: Disseram que a festa foi ótima. Não há como identificar um sujeito específico, a concordância está implícita.
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Verbos impessoais: Verbos como “haver” (no sentido de existir) e “fazer” (indicando tempo) ficam sempre na 3ª pessoa do singular. Exemplo: Há muitas pessoas na fila. Faz três anos que não o vejo. Aqui a concordância é simples, pois o verbo é impessoal, sem sujeito.
2. Identificando a Concordância Nominal:
Na concordância nominal, a atenção se volta para os adjetivos, numerais, pronomes e artigos. Eles devem concordar em gênero (masculino ou feminino) e número (singular ou plural) com o substantivo a que se referem. Diferenças importantes:
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Adjetivos com mais de um substantivo: Se os substantivos são do mesmo gênero, o adjetivo vai para o plural desse gênero. Exemplo: A casa e o jardim antigos. Se os substantivos são de gêneros diferentes, o adjetivo pode concordar com o substantivo mais próximo ou ir para o masculino plural. Exemplo: A casa e o jardim antigo/antigos.
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Numerais e pronomes: Seguem a mesma lógica dos adjetivos, concordando com o substantivo em gênero e número. Exemplo: Duas casas novas. Meus livros e minhas canetas. Observe a concordância dos numerais e pronomes com os substantivos.
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Concordância atrativa: O adjetivo pode concordar com o substantivo mais próximo, mesmo que estejam presentes outros substantivos. Exemplo: Comprei uma casa e um apartamento amplo. A concordância ocorre “atraída” por “apartamento”.
Em resumo, identificar a concordância correta exige a análise cuidadosa do sujeito (na concordância verbal) e do substantivo (na concordância nominal). Ao reconhecer o núcleo da frase e aplicar as regras de concordância, você estará apto a identificar erros e garantir a precisão e a beleza da sua escrita.
#Concordância Nominal#Concordância Verbal#Regras GramaticaisFeedback sobre a resposta:
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