Como saber se a minha filha é disléxica?

4 visualizações

Fique atento! Se sua filha apresenta dificuldades persistentes na alfabetização, como lentidão para aprender as letras, trocar sons das palavras ou inverter a ordem delas ao escrever, é importante investigar. Um atraso notável na aquisição da fala e problemas com rimas também podem ser indícios de dislexia. Busque uma avaliação profissional para um diagnóstico preciso.

Feedback 0 curtidas

Desvendando a Dislexia: Como Identificar os Sinais na sua Filha?

Aprender a ler e escrever é uma jornada emocionante, mas para algumas crianças, essa aventura pode ser repleta de obstáculos inesperados. A dislexia, um transtorno de aprendizagem específico da linguagem, afeta a capacidade de decodificar, soletrar e compreender palavras escritas. Se você suspeita que sua filha possa ter dislexia, é fundamental estar atenta aos sinais e buscar ajuda profissional. Este artigo traz informações importantes para te ajudar nesse processo, focando em aspectos que podem passar despercebidos e complementando o conhecimento já disponível.

Além das Dificuldades Clássicas: Observando os Detalhes

Muitos já sabem que a dislexia pode se manifestar através da dificuldade em aprender as letras, trocar sons, inverter letras ou sílabas ao escrever e ler lentamente. Mas, além desses sinais mais conhecidos, existem outros aspectos que podem indicar a presença da dislexia e que muitas vezes passam despercebidos pelos pais:

  • Dificuldade com a consciência fonológica: Sua filha tem dificuldade para identificar e manipular os sons individuais das palavras? Por exemplo, ela consegue separar a palavra “bola” em “bo-la”? Problemas com rimas, aliterações e segmentação silábica podem ser indícios importantes.
  • Memória de trabalho limitada: Observe se ela tem dificuldade para seguir instruções com múltiplos passos ou se esquece facilmente o que acabou de ler. A memória de trabalho é crucial para armazenar e processar informações durante a leitura.
  • Desorganização e dificuldades com planejamento: A dislexia pode afetar as funções executivas, impactando a organização do tempo, do material escolar e a capacidade de planejar atividades.
  • Lentidão na nomeação rápida: Apresente à sua filha uma sequência de imagens, cores ou objetos comuns e peça para que ela os nomeie o mais rápido possível. Crianças com dislexia podem apresentar lentidão nessa tarefa.
  • Histórico familiar: A dislexia tem um componente genético. Se houver casos de dislexia na família (pais, irmãos, avós), a probabilidade da sua filha ter o transtorno aumenta.
  • Frustração e baixa autoestima: A constante dificuldade em acompanhar o ritmo de aprendizagem dos colegas pode levar à frustração, ansiedade e baixa autoestima. Esteja atenta a mudanças no comportamento da sua filha, como recusa em ir à escola ou fazer as tarefas de leitura.

A Importância do Diagnóstico Precoce e da Abordagem Multidisciplinar

Se você identificou alguns desses sinais na sua filha, não hesite em buscar ajuda profissional. Um diagnóstico preciso, realizado por uma equipe multidisciplinar (neuropsicólogo, psicopedagogo, fonoaudiólogo), é fundamental para descartar outras condições e traçar um plano de intervenção individualizado.

Lembre-se: a dislexia não é uma doença, mas uma condição neurológica que afeta a maneira como o cérebro processa a informação. Com o suporte adequado, sua filha poderá desenvolver estratégias de aprendizagem compensatórias e alcançar todo o seu potencial. A detecção precoce e a intervenção correta são cruciais para minimizar o impacto da dislexia na vida escolar, social e emocional da criança.