Como se escreve fá-lo-ei?

0 visualizações

Fá-lo-ei está corretamente escrito. Significa eu o farei. A colocação pronominal nesse caso é mesoclítica, ou seja, o pronome o se insere no meio do verbo no futuro do presente. Escrever farei-o está incorreto.

Feedback 0 curtidas

Okay, vamos lá ver como posso dar uma vida nova a isto, com um toque mais… meu.

Então, “Fá-lo-ei”. Parece pomposo, não é? Quase que imagino um rei a dizer isso. Mas está correto, acreditem ou não! Confesso que, da primeira vez que me deparei com esta palavra, fiquei a olhar para ela como quem olha para um extraterrestre. “Fá-lo-ei”? O que é isto?

Significa, basicamente, “eu o farei”. Mas reparem na construção! É tão… formal. É o que chamam mesóclise, acho eu. Lembro-me de ter aprendido isso algures na escola, e a minha cabeça dava voltas e mais voltas. Mas agora, olhando para trás, até acho engraçado. É como se a língua portuguesa quisesse mostrar que tem truques na manga.

“O pronome ‘o’ insere-se no meio do verbo no futuro do presente.” Ufff! Pesado, não é? Mas pensem nisto: imaginem o verbo a ser como um pão de forma, e o “o” como uma fatia de queijo que se enfia lá no meio. É uma maneira estranha de explicar, eu sei, mas ajuda-me a lembrar!

E depois dizem-nos que “farei-o” está errado. Interessante. Nunca me tinha dado ao trabalho de pensar nisso. Mas faz sentido, não faz? Se calhar, é porque estamos tão habituados a usar formas mais simples, mais diretas… mais do dia-a-dia.

Lembro-me uma vez, quando estava a escrever um email importante para o meu chefe (um daqueles emails que nos deixam os nervos à flor da pele!), ter hesitado imenso sobre qual a forma correta de usar o futuro. Acabei por usar uma construção simples, com o “vou fazer”, porque a verdade é que “fá-lo-ei” parecia demasiado… teatral. Demasiado para um email banal.

Às vezes penso se estas regras da língua são mesmo importantes. Quero dizer, se toda a gente me entender quando digo “farei-o”, porque é que tenho de me preocupar em usar o “fá-lo-ei”? Não sei… são as minhas divagações.

No fundo, acho que o importante é comunicar, certo? Mas também é bom saber que a língua portuguesa tem estas nuances, estas “perfumarias”. Dá-lhe um certo charme, não acham?