Como se faz uma pergunta fechada?

Ai, perguntas fechadas… sabe? Aquelas que te deixam numa saia justa, tipo “sim” ou “não”, sem espaço para nuances, para aquela coisa toda que a gente sente, mas que não consegue traduzir em palavras curtas e objetivas. Será que dá para exprimir a complexidade da vida em apenas um “sim”? Duvido.

Mas enfim, a gente precisa delas, né? No trabalho, por exemplo, quando o chefe te pergunta se o relatório está pronto. Sim, está pronto. Não adianta enrolar, a gente precisa de respostas diretas, se não, o tempo voa e a lista de tarefas só aumenta. Lembra daquela vez que eu levei três dias para responder ao email do cliente porque estava perdida em detalhes? Pois é, uma pergunta fechada teria me poupado de muita enrolação.

E tem aquelas pesquisas, sabe? Aquelas onde você escolhe entre cinco opções, tipo, qual seu atributo favorito num carro: economia, potência, conforto, design, segurança. Eu sempre fico na dúvida, porque adoro potência, mas conforto também é essencial… dá vontade de escolher tudo, mas não pode, né? Tem que ser só uma, senão a pesquisa fica toda torta. Li em algum lugar, sei lá, talvez num artigo da internet, que pesquisas assim, com perguntas fechadas, facilitam a análise dos dados, algo como 80% dos estudos usam esse método… imagino a quantidade de “Sims” e “Não” que devem ter sido analisados!

O pulo do gato das perguntas fechadas é mesmo a concisão, né? Sem rodeios. Claro, objetivo. Não pode ter espaço para mal-entendidos. Lembro-me de uma vez que perguntei para a minha avó se ela queria ir ao cinema, e ela respondeu “talvez”, me deixando naquela expectativa horrível. Uma pergunta fechada, tipo “você quer ir ao cinema amanhã, sim ou não?”, teria sido bem melhor, evita a ambiguidade toda, saca? Até a minha avó ia entender, coitada, às vezes ela é meio distraída. Então, é isso, perguntas fechadas: simples, diretas, às vezes até um pouco frias, mas imprescindíveis na vida, né?