É linguagem ou língua de sinais?

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A Língua Brasileira de Sinais (Libras) é reconhecida como um idioma oficial do Brasil desde 2002. Utilizando regras gramaticais próprias, a Libras garante a comunicação e expressão da comunidade surda brasileira, sendo muito mais que um mero conjunto de sinais.

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Libras: Linguagem ou Língua? Desvendando o debate e celebrando a riqueza da comunicação visual

A discussão sobre Libras ser linguagem ou língua costuma gerar dúvidas. Enquanto alguns a reduzem a um conjunto de gestos, é crucial entender sua complexidade e riqueza. Afinal, desde 2002, a Língua Brasileira de Sinais é reconhecida como idioma oficial do Brasil por lei, assegurando o direito à comunicação e expressão da comunidade surda brasileira.

Mas qual a diferença crucial que a categoriza como língua e não apenas linguagem?

A resposta está na estrutura gramatical própria e completa. A Libras possui um sistema linguístico complexo com regras específicas para:

  • Formação de palavras: Através da combinação de configurações de mão, movimentos e pontos de articulação, criando um léxico vasto e em constante desenvolvimento.
  • Organização de frases: Com sintaxe própria, que se diferencia da Língua Portuguesa, a Libras organiza os sinais espaciais visualmente, transmitindo significado de maneira única.
  • Expressão de ideias complexas: Abarcando desde conversas cotidianas até debates filosóficos, a Libras permite expressar sentimentos, emoções e pensamentos de forma completa e profunda.

É fundamental desmistificar a ideia de que a Libras é apenas uma “tradução” do português. As línguas de sinais não são universais, cada país possui a sua, refletindo a cultura e história da comunidade surda local.

Aprender Libras transcende a mera comunicação, é mergulhar em um universo rico em expressões faciais, corporais e sinais. É reconhecer a Libras como patrimônio cultural brasileiro e promover a inclusão social, abrindo portas para um diálogo mais humano e igualitário.