É para ou pára?

Para ou Pára? Desvendando o Mistério da Conjugação Verbal

A dúvida sobre o uso de “para” e “pára” assombra muitos falantes da língua portuguesa. A verdade é simples: a forma correta, na conjugação do verbo parar, é sempre “para”, sem acento. A palavra “pára”, com acento circunflexo, não existe na língua portuguesa padrão.

A confusão surge, provavelmente, pela semelhança gráfica com outras palavras e pela influência de regras de acentuação que não se aplicam neste caso específico. Muitas vezes, o erro é cometido por analogia com verbos como “dá”, “está”, “vê”, que levam acento por serem monossílabos tônicos terminados em “a”. No entanto, “parar” é um verbo irregular, e sua conjugação foge a essa regra.

Para entender melhor, vamos analisar alguns exemplos de uso correto:

• “Para, por favor!” – Aqui, “para” é a forma imperativa do verbo parar, pedindo a alguém que interrompa uma ação.
• “Para com isso!” – Mais uma vez, “para” é a forma imperativa, expressando uma ordem para cessar determinada conduta.
• “Para de reclamar!” – Neste caso, “para” funciona como a forma imperativa seguida da preposição “de”, indicando a interrupção de uma ação específica (“reclamar”).
• “O carro parou na esquina.” – Aqui, “parou” é a forma verbal conjugada na terceira pessoa do singular do pretérito perfeito do indicativo.
• “Ele sempre para para pensar antes de agir.” – Neste exemplo, o uso da repetição de “para” com sentidos diferentes evidencia a necessidade de atenção à contextualização. O primeiro “para” é a forma do verbo parar, enquanto o segundo “para” funciona como preposição.

Em resumo, não existe “pára” na conjugação do verbo parar. A forma correta, em qualquer tempo e modo verbal, é sempre “para”, sem acento. A memorização desta regra simples elimina qualquer dúvida e garante o uso correto da língua portuguesa. A próxima vez que você se deparar com essa dúvida, lembre-se: simplesmente “para”.