O que é a mancha da página?

Mancha da página… Que nome, né? Soa tão… técnico. Mas na real, é muito mais do que isso. É tipo… a alma do livro exposta. Sério! Aquela mancha, aquele bloco de texto, imagens, tudo ali, certinho, delimitado… É a prova visual de que tudo, TUDO que você ralou – revisões intermináveis, aquele inferno astral pra escolher a fonte perfeita (quem nunca?), noites sem dormir – finalmente tomou forma.

É palpável, quase. Dá pra imaginar o livro impresso, sentir o peso dele na mão… Me dá até um arrepio! E uma baita ansiedade também, confesso. Tipo, e se eu tiver esquecido alguma coisa? E se a mancha não tiver legal? Já pensou? Tanta dedicação… Lembro uma vez, com meu primeiro livro, fiquei obcecada com a mancha. Passei dias olhando, checando cada detalhe. Até sonhei com ela, juro! Acho que revi a mancha umas cinquenta vezes antes de aprovar. Parecia loucura, mas era importante pra mim, sabe? Ver tudo ali, harmonioso.

E a responsabilidade, meu Deus! É muita coisa. Afinal, é a “cara” do livro que tá ali. É o que o leitor vai ver, vai tocar. É a primeira impressão, dizem que é a que fica, né? Então… Tem que ser perfeita. Ou quase, vai. Ninguém é de ferro. Mas a gente tenta, né? A gente se esforça horrores. Aquele ditado de que um livro leva uns 9 meses para ser “gestado”, tipo um bebê? Poisé, e a mancha é tipo a ultrassonografia, aquele primeiro vislumbre da coisa toda.

É emocionante, cara. Não tem como explicar. Esses dias li em algum lugar que a proporção ideal da mancha, sei lá, tinha uns números e uns cálculos. Tipo, altura x largura, margens, sei lá. Mas no fim das contas, acho que é mais feeling mesmo. Tem que ter equilíbrio, tem que ser agradável aos olhos. Tem que ter a sua cara, a cara do livro. E isso, ah, isso não tem fórmula. É pura intuição, pura emoção. E um tantinho de loucura também, porque não?