O que é linguagem não formal?

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A linguagem informal, ou coloquial, é a linguagem do dia a dia, espontânea e regional, sem rigor gramatical. Na escrita, a confusão entre formal e informal pode levar a erros significativos, comprometendo a clareza e a adequação textual.

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Desvendando a Linguagem Informal: Muito Além do “Oi” e do “Tchau”

A linguagem informal, também conhecida como coloquial, é a espinha dorsal da nossa comunicação diária. É aquela que usamos com amigos, familiares e em situações descontraídas, sem a preocupação com as regras rígidas da gramática normativa. Mas, ao contrário do que se pensa, ela não é simplesmente um amontoado de palavras soltas e sem sentido. A informalidade possui suas próprias nuances, características e, sim, até mesmo uma certa elegância, dependendo do contexto.

Ao contrário da linguagem formal, que prioriza a precisão, a objetividade e a estrutura gramatical impecável, a linguagem informal se caracteriza pela espontaneidade, flexibilidade e, muitas vezes, pela regionalidade. Expressões populares, gírias, abreviações e até mesmo erros gramaticais (que, em contextos informais, não comprometem a compreensão) são comuns nesse tipo de comunicação.

Elementos que definem a linguagem informal:

  • Gírias e expressões populares: Termos e frases que pertencem a um grupo social específico, muitas vezes com significados que fogem ao dicionário tradicional. “Deu ruim”, “bora”, “mano”, são exemplos facilmente compreensíveis para certos grupos, mas que podem ser incompreensíveis ou até mesmo chocantes para outros.

  • Regionalismos: Palavras e expressões que variam de região para região do Brasil, refletindo a diversidade cultural e linguística do país. O mesmo objeto pode receber nomes diferentes em diferentes estados, demonstrando a riqueza e a complexidade da nossa língua.

  • Abreviações e contrações: Formas reduzidas de palavras e frases, utilizadas para agilizar a comunicação, especialmente em mensagens de texto e redes sociais. “vc”, “tbm”, “pq” são exemplos clássicos.

  • Oralidade: A linguagem informal reflete a oralidade, com frases mais curtas, interrupções e repetições comuns na fala espontânea. A escrita informal tenta imitar essa fluidez e naturalidade da conversa.

  • Informalidade sintática: A ordem das palavras pode ser alterada, a concordância verbal e nominal pode ser flexível, e a pontuação pode ser menos rigorosa, tudo em prol da naturalidade e da espontaneidade.

A importância do contexto:

É crucial entender que o uso da linguagem informal deve ser adequado ao contexto. Enquanto uma conversa entre amigos permite, e até mesmo exige, um tom informal, um relatório profissional ou uma carta comercial exigem a formalidade e a precisão da linguagem padrão. A escolha incorreta pode gerar mal-entendidos, descrédito ou até mesmo ofensas.

A linguagem informal na escrita:

A escrita informal, mesmo permitindo mais liberdade, não significa ausência de planejamento e coerência. É possível escrever informalmente com clareza, objetividade e impacto, desde que se conheça o público-alvo e o objetivo da comunicação. Blogs, mensagens pessoais, posts em redes sociais são alguns exemplos de situações onde a linguagem informal é não só aceitável, como desejável.

Em resumo, a linguagem informal é uma ferramenta poderosa e versátil de comunicação. Compreender suas nuances, limites e adequações contextuais é fundamental para dominar a arte da comunicação eficaz em todas as suas esferas. Não se trata de “certo” ou “errado”, mas sim de adequação e escolha consciente da ferramenta linguística mais apropriada para cada situação.