O que entende por espaço educativo?

O que é um espaço educativo, afinal? Essa pergunta mexe comigo, sabe? Porque não é só uma sala de aula, com carteiras enfileiradas e um quadro negro – embora eu tenha passado por isso, claro! Lembro-me daquela sala pequena, abafada, onde eu passava horas, às vezes me sentindo presa.

Para mim, um espaço educativo é… como posso explicar? É um lugar onde a gente cresce, sabe? Um ambiente que te abraça e te desafia ao mesmo tempo. É onde a criançada, e até nós, adultos, descobrimos coisas novas, sem muita pressão, sem ficar só na teoria. Tipo quando eu aprendi a fazer tricô com a minha avó, na cozinha dela, com a televisão ligada num volume baixo – aquele foi um espaço educativo incrível, e nem era uma escola!

Claro que tem a ver com as interações, né? Aquele clima de colaboração, onde todo mundo se ajuda, crianças e adultos. Lembro-me de uma vez, numa oficina que eu dei, uma menina de seis anos, a Sofia, ajudou a outra, a Laura, a resolver um problema de matemática. Fiquei tão emocionada! Foi mágico, sabe? Aquilo ali, aquilo sim, é o que eu chamo de verdadeiro espaço educativo. E tem a ver com os materiais, também. Não precisa ser tudo super moderno, de última geração, mas tem que inspirar, tem que dar vontade de brincar, de criar, de inventar.

É muito mais do que o espaço físico, né? É a energia que se sente no ar. Eu li um estudo uma vez – acho que era da UNESCO, ou algo assim, falando de algo perto de 70% dos alunos se sentem mais motivados em ambientes estimulantes. Mas não é só números, é a sensação de pertencimento, de segurança. Um lugar onde a gente se sente acolhido, entende? Onde as famílias se sentem parte do processo, e não só como espectadores.

Então, para mim, espaço educativo é isso tudo junto: a interação, os materiais, as rotinas, a proposta pedagógica, e principalmente, o amor e o respeito por cada um, crianças e adultos. É um lugar onde o conhecimento floresce, naturalmente, sem forçar a barra. Sabe, tipo um jardim bem cuidado, que dá frutos deliciosos.