O que mudou na regra do hífen?
No caso de prefixos terminados em vogal e segundo elemento iniciando com s ou r, o hífen é omitido e a consoante inicial do segundo elemento é duplicada. Exemplos: antissocial, corresponsável.
Adeus, hífen? As novas regras e o dilema da duplicação consonantal
A reforma ortográfica de 2009 trouxe mudanças significativas para a escrita da língua portuguesa, e uma das mais debatidas envolve o uso do hífen. Embora muitas regras tenham sido simplificadas, a questão dos prefixos, especialmente aqueles terminados em vogal, continua gerando dúvidas, principalmente em relação à duplicação consonantal. Este artigo aborda especificamente a regra que, em muitos casos, elimina o hífen quando o prefixo termina em vogal e a palavra seguinte inicia por “s” ou “r”, optando pela duplicação da consoante.
A regra, aparentemente simples, gera confusão por se afastar da intuição de muitos escritores. Antes da reforma, a tendência era usar o hífen em quase todos os casos de justaposição de prefixos e radicais. Agora, a duplicação da consoante se torna a norma em situações específicas, como nos exemplos clássicos: antissocial e corresponsável. Note que, antes da reforma, escreveríamos “anti-social” e “co-responsável”.
A chave para compreender a mudança reside na etimologia e na pronúncia. A duplicação consonantal reflete a pronúncia natural dessas palavras, evitando a ambiguidade que um hífen poderia criar. Em “antissocial”, por exemplo, a duplicação do “s” indica claramente que se trata de um único fonema /s/, e não de dois fonemas distintos separados pelo hífen. O mesmo ocorre com o “r” em “corresponsável”. A duplicação, portanto, não é um capricho ortográfico, mas uma forma de representar fonéticamente a palavra.
No entanto, a regra não é absoluta. Existem exceções e casos que exigem uma análise mais cuidadosa. A duplicação só acontece quando a junção do prefixo com o radical resulta em uma palavra que se pronuncia com a consoante duplicada. Por isso, é crucial analisar cada caso individualmente, considerando a pronúncia e a etimologia. A simples aplicação mecânica da regra, sem levar em conta o contexto, pode levar a erros.
Em suma, a eliminação do hífen com duplicação consonantal após prefixos terminados em vogais seguidos de “s” ou “r” é uma mudança significativa que visa simplificar a escrita, refletindo a pronúncia natural e a etimologia das palavras. No entanto, a complexidade da língua portuguesa exige atenção e discernimento, aconselhando-se a consulta de dicionários atualizados e gramáticas normativas para casos duvidosos. A memorização pura e simples de regras pode ser insuficiente; a compreensão da lógica por trás da norma é fundamental para a escrita correta e consistente.
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