Qual a regra do uso do hífen?

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Regra do uso do hífen O hífen é usado: Para unir palavras compostas formadas por dois ou mais elementos, quando o primeiro terminar em vogal e o segundo começar com vogal ou h: auto-estrada, autoajuda. Para separar palavras quando uma parte se refere a outra: cabeça-de-gelo, pé-de-moleque. Para ligar encontros vocálicos em palavras derivadas: recém-nascido, recém-chegado. Para separar prefixos terminados em vogal que antecedem palavras iniciadas por r ou s: sub-raça, inter-setorial.
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A utilização correta do hífen em português é uma questão que gera muitas dúvidas, mesmo entre falantes fluentes. A complexidade da regra reside na variedade de situações em que seu uso é necessário, e na evolução da ortografia ao longo do tempo. Embora existam exceções e casos ambíguos, entender as principais regras ajuda a evitar erros comuns e a escrever com maior precisão.

O hífen, sinal gráfico tão pequeno, carrega consigo a responsabilidade de delimitar palavras compostas, garantindo a clareza e a legibilidade do texto. A sua ausência ou mau uso pode levar a interpretações errôneas ou a uma impressão de descuido na escrita. Afinal, a ortografia correta é um reflexo da atenção aos detalhes e do respeito pela língua.

As regras para o uso do hífen, embora possam parecer complexas à primeira vista, se baseiam em princípios lógicos que visam evitar ambiguidades e manter a coerência ortográfica. Um dos pontos cruciais é a junção de palavras, onde a presença ou ausência do hífen altera o significado. Por exemplo, gira-sol (que gira com o sol) é diferente de girassol (a flor).

Observemos algumas regras principais:

1. Palavras compostas: O hífen é usado para unir palavras compostas, principalmente quando o primeiro elemento termina em vogal e o segundo começa com a mesma vogal ou com h. Exemplos clássicos são: auto-estrada, co-herdeiro, micro-ondas, contra-ataque. Note que, mesmo com a mudança ortográfica de 2016, algumas exceções permanecem, como pontapé.

2. Palavras compostas com elementos repetidos: Neste caso, o hífen é essencial para evitar ambiguidades. Observe a diferença entre reco-reco (instrumento musical) e recoreco (sem hífen, forma menos usual e com significado incerto). Outros exemplos incluem: pingue-pongue, blá-blá-blá.

3. Palavras compostas com prefixos: O uso do hífen com prefixos é um dos pontos mais delicados. Em geral, o hífen é usado quando o prefixo termina em vogal e a palavra seguinte começa com a mesma vogal ou com r ou s. Exemplos: anti-inflamatório, sub-região, super-homem, inter-racial. No entanto, a regra não se aplica a todos os prefixos; muitos são escritos sem hífen (ex: desumano, preconceito, sobrepor). A melhor forma de garantir a escrita correta é consultar um dicionário.

4. Expressões que designam unidades de medida: O hífen é usado em expressões que indicam unidades de medida compostas. Exemplos: quilômetros-hora, toneladas-quilômetro.

5. Nomes próprios: O hífen é utilizado em nomes próprios compostos. Por exemplo: Maria-Clara, João-de-Barro.

6. Palavras que se referem a outra: É o caso dos substantivos compostos que indicam uma relação entre as palavras que os compõem. Exemplos: pé-de-moleque, cabeça-de-gato, arco-íris.

Em suma, a utilização do hífen exige atenção e consulta frequente a dicionários e gramáticas atualizadas. A compreensão das regras básicas, aliada à prática constante, contribui para uma escrita mais precisa e elegante, demonstrando domínio da língua portuguesa. Lembre-se: a dúvida é o primeiro passo para a aprendizagem. Não hesite em consultar recursos confiáveis sempre que necessário.