O que são constituintes morfológicos?

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Palavras são formadas por unidades menores chamadas constituintes morfológicos, como radicais e afixos. O morfema representa a menor unidade significativa dessas, sendo a base para a construção e o significado das palavras. Sua combinação cria a estrutura morfológica completa de um vocábulo.

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Constituintes Morfológicos: A Construção das Palavras

Palavras, as unidades fundamentais da linguagem, não surgem do nada. Elas são, na verdade, construções complexas, compostas por unidades menores, chamadas constituintes morfológicos. Entender esses elementos é crucial para compreender a riqueza e a flexibilidade da língua portuguesa, e de outras línguas.

Imagine as palavras como esculturas. Os constituintes morfológicos são os blocos de construção, as pedras, a argila, o metal que compõem a obra final. Cada bloco possui sua própria forma e função, e sua combinação determina a forma e o significado da palavra resultante.

Os dois principais tipos de constituintes morfológicos são os radicais e os afixos. O radical é a parte central da palavra, a sua raiz etimológica, que carrega o significado fundamental. Ele representa o núcleo semântico da palavra, a ideia central que define o seu significado básico. Por exemplo, no verbo “amar”, o radical é “am”. Esse radical carrega o sentido de afeição, carinho.

Os afixos são pequenos pedaços que se juntam ao radical para modificar o seu significado ou a sua função gramatical. Eles podem ser classificados em prefixos (antes do radical) e sufixos (depois do radical). Os prefixos modificam a ideia central do radical, enquanto os sufixos, geralmente, alteram a classificação gramatical da palavra (por exemplo, de substantivo para adjetivo).

Exemplo:

  • Radical: “cant” (do verbo cantar)
  • Prefixo: “in” (em “incapaz”) – modifica o sentido para algo que não é capaz.
  • Sufixo: “ador” (em “cantador”) – transforma o verbo em um substantivo.

Mas, para além de radical e afixo, há outra unidade fundamental: o morfema. O morfema é a menor unidade significativa da língua. Ele pode ser um radical por si só ou fazer parte de um afixo. Por exemplo, em “incapaz”, “in” é um morfema que expressa negação, e “capaz” é um morfema que carrega o significado de possibilidade. Em “cantar”, “cant” é o morfema radical e “ar” é um morfema que indica o modo verbal.

É importante notar que a mesma unidade pode ser um radical em uma palavra e um afixo em outra. A compreensão da estrutura morfológica depende da análise de como os morfemas se combinam para formar palavras.

A combinação dos constituintes morfológicos – radical, prefixos e sufixos – cria a estrutura morfológica completa da palavra e, consequentemente, seu significado. Essa combinação revela a capacidade da língua de gerar um número quase infinito de palavras a partir de um conjunto relativamente pequeno de elementos. A compreensão dos constituintes morfológicos é essencial para o estudo da formação de palavras, da gramática e do léxico de uma língua. Compreendendo como as palavras são construídas, podemos melhor compreender o seu uso e o seu significado.