O que são verbos unipessoais e impessoais?

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Ah, verbos unipessoais e impessoais... É engraçado como a gramática pode ser tão específica! Pelo que entendi, ambos são meio solitários, né? Mas os impessoais são mais radicais, só aparecem na terceira pessoa do singular. Já os unipessoais são um pouco mais flexíveis, aceitam tanto o singular quanto o plural nessa mesma terceira pessoa. Sinceramente, acho que complicam um pouco a nossa vida, mas no fim das contas, ajudam a deixar a língua mais rica, né?

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A Solidão dos Verbos: Unipessoais e Impessoais

Ah, os verbos! Essas palavrinhas mágicas que dão vida às nossas frases. Mas, como tudo na gramática, existem algumas exceções, alguns verbos que seguem um caminho mais solitário. Estou falando dos verbos unipessoais e impessoais, que, confesso, me deixaram um pouco confusa no começo. Mas depois que a gente entende a lógica por trás deles, fica tudo mais claro (e até interessante!).

Você já teve aquela sensação de que alguns verbos parecem meio “isolados”? Pois é, os unipessoais e impessoais são assim. Eles têm restrições quanto às pessoas com as quais se relacionam – ou melhor, com as quais não se relacionam. É como se fossem verbos introvertidos, sabe?

Vamos começar pelos impessoais. Esses são os mais radicais. Imagine um verbo que só aceita a terceira pessoa do singular e, de quebra, não se refere a nenhuma pessoa específica. Soa estranho, né? Mas é exatamente isso que acontece. O exemplo clássico é o verbo “haver” no sentido de existir ou de tempo decorrido. Por exemplo:

  • muitas pessoas na fila. (Existir)
  • Havia dois anos que não nos víamos. (Tempo decorrido)

Perceba que não podemos dizer “eu hei”, “tu haves”, “nós havemos”. Só existe a forma “há”. Outros verbos que seguem esse padrão impessoal são os que indicam fenômenos da natureza, como “chover”, “trovejar”, “nevar”, “ventar”, etc. Afinal, a chuva não “eu chovo” ou “tu choves”, né? Ela simplesmente chove.

E os unipessoais? Bom, esses são um pouco menos restritivos. Eles também preferem a terceira pessoa, mas aceitam tanto o singular quanto o plural. A diferença crucial é que, geralmente, se referem a ações ou estados que não são controlados por um sujeito animado. Pense em verbos como “acontecer”, “constar”, “bastar”, “parecer”, “importar”, entre outros. Veja os exemplos:

  • Aconteceram coisas estranhas por aqui.
  • Basta de reclamações!
  • Parece que vai chover.

Observe que não dizemos “eu aconteço”, “tu bastas”. Esses verbos se “sentem confortáveis” apenas na terceira pessoa.

Uma observação importante: alguns verbos podem ser unipessoais em determinados contextos e pessoais em outros. O verbo “faltar”, por exemplo, é unipessoal quando indica “ser necessário” ou “não existir”:

  • Falta comida na geladeira. (Unipessoal)

Mas é pessoal quando indica “ausentar-se”:

  • Eu faltei à aula ontem. (Pessoal)

Confesso que, no início, achei tudo isso um pouco complicado. Mas, com o tempo e a prática, a gente se acostuma com as peculiaridades desses verbos. Afinal, a língua portuguesa é rica em nuances e, por mais estranhas que algumas regras possam parecer, elas contribuem para a precisão e a expressividade da nossa comunicação. É como um quebra-cabeça: cada peça, por mais singular que seja, tem o seu lugar e a sua importância. E, convenhamos, desvendar esses mistérios gramaticais pode ser até divertido!