O que seria erro de concordância?

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Erro de concordância ocorre quando o verbo não concorda com o sujeito em número (singular ou plural). A regra básica é: sujeito singular, verbo no singular; sujeito plural, verbo no plural. Isto é fundamental para a clareza da escrita.

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Erro de Concordância Verbal: Mais do que uma simples regra gramatical

O erro de concordância verbal, embora frequentemente tratado como um detalhe técnico na gramática, é crucial para a clareza e a correção da escrita. Ele ocorre quando o verbo não concorda em número (singular ou plural) com o seu sujeito. Esse aparente detalhe sutil pode comprometer a compreensão do texto, tornando-o confuso ou até mesmo ininteligível.

A regra básica, embora simples, é fundamental: o sujeito singular exige o verbo no singular, e o sujeito plural demanda o verbo no plural. Mas a aplicação prática dessa regra nem sempre é tão óbvia. Entender os diferentes tipos de sujeitos e as situações em que a concordância pode ser desafiadora é essencial para evitar esse tipo de erro.

Tipos de Sujeitos e Concordância:

  • Sujeito simples: Quando o sujeito é uma única palavra ou expressão, a concordância é direta. Exemplo: “O cachorro late.” (verbo no singular) “As crianças brincam.” (verbo no plural).

  • Sujeito composto: Quando o sujeito é formado por duas ou mais palavras, a concordância pode apresentar alguns desafios. A regra geral é concordar com o sujeito mais próximo ao verbo. Exemplos: “O cachorro e o gato latem.” (verbo no plural, pois o sujeito mais próximo do verbo é plural). “O cachorro e a gata latem e mia”.” (verbo no plural, o sujeito mais próximo é plural).

  • Sujeito expresso por pronome: O pronome que atua como sujeito segue a mesma lógica dos casos anteriores. Exemplo: “Eles viajaram para a praia.” (verbo no plural).

  • Sujeito oculto: Embora o sujeito não esteja explícito na frase, a concordância deve ser feita com o sujeito implícito. Exemplo: “Estou com muita fome.” (verbo no singular).

Casos Especiais e Causas de Erros:

  • Sujeitos com termos intermediários: Expressões como “um grupo de”, “a maioria de”, “a grande parte de” podem levar a confusão. O importante é identificar o núcleo do sujeito, que determina a concordância. Exemplo: “A maioria dos alunos está satisfeita.” (verbo no singular, pois o núcleo é “alunos”).

  • Coletivos: Palavras que designam conjuntos, como “multidão”, “equipe”, “família”, exigem concordância no singular. Exemplo: “A equipe está pronta.” (verbo no singular).

  • Verbos impessoais: Alguns verbos, como “haver” no sentido de existir ou acontecer, são impessoais e sempre se conjugam no singular. Exemplo: “ muitas estrelas no céu.”

Conclusão:

O domínio da concordância verbal é fundamental para uma escrita clara, precisa e formal. Aprender as regras básicas e os casos específicos, além de entender a estrutura da frase, é crucial para evitar erros e garantir que a mensagem seja transmitida corretamente. Ao se atentar aos tipos de sujeito e às particularidades da língua portuguesa, o escritor pode construir textos mais robustos e eficazes.