Onde se manifesta a discalculia?

Onde se esconde essa danada da discalculia? É que, sabe, pra mim, não é só uma dificuldadezinha com matemática, não. É muito mais que isso. É uma verdadeira luta, uma batalha diária que se espalha por todos os cantos da minha vida. Lembra daquela vez que eu estava a tentar calcular a gorjeta num restaurante, e fiquei tipo, completamente perdido? Simplesmente travou tudo na minha cabeça. Onze por cento de setenta e cinco reais… Meu Deus, como se calcula isso? A conta ficou por conta do meu amigo, claro… e a vergonha ficou por minha conta. Que coisa, né?

A discalculia, pra quem não sabe – e eu também só descobri bem tarde o que era – se manifesta de maneiras incríveis. Não é só na tabuada, não. É em tudo! Na hora de dividir as contas com os amigos, em organizar o tempo, até mesmo no sentido de direção! Já me perdi incontáveis vezes, e aposto que a culpa foi da minha discalculia. Será? Talvez. Mas é difícil provar, né?

Eu li um estudo uma vez – sei lá, uns 7% das pessoas tem isso, mais ou menos – e, sinceramente, me senti um pouco melhor. Não só eu? Ainda bem! Mas isso não muda a realidade: a dificuldade em lidar com números me acompanha em quase tudo que eu faço. É como se tivesse uma névoa na minha cabeça toda vez que preciso usar um pouco de lógica matemática. Uma frustração enorme! É cansativo, sabe? E irritante. Principalmente quando as pessoas dizem “ah, mas matemática é fácil!”. Fácil pra quem? Pra elas, claramente. Não pra mim. A gente precisa entender que não é preguiça, nem falta de esforço, é algo mais profundo, sabe? É como tentar encaixar peças de um quebra-cabeça que não se encaixam. É frustrante pra burro.