Porque não é linguagem de sinais?

18 visualizações

A Libras possui estrutura gramatical completa, com sintaxe, morfologia e outras características linguísticas próprias. Diferentemente, a linguagem é a capacidade humana de comunicação, utilizando diversos meios, incluindo sons, gestos, imagens e a Libras como um sistema linguístico específico.

Feedback 0 curtidas

Linguagem de Sinais: Muito Mais do que Gestos!

A Libras, Língua Brasileira de Sinais, é frequentemente confundida com “linguagem de sinais”, um termo genérico que pode gerar confusões. Afinal, por que a Libras não é apenas “linguagem de sinais”? A resposta reside na complexidade e riqueza da Libras como um sistema linguístico completo.

A Libras, como qualquer outra língua, possui uma estrutura gramatical própria, com sintaxe, morfologia e outras características que lhe conferem autonomia. Ela não se limita a traduzir a língua portuguesa, mas possui seus próprios elementos e regras, com estrutura e significado próprios. Imagine a Libras como uma língua independente, com suas nuances e particularidades, assim como o inglês, o francês ou o espanhol.

É importante entender que a “linguagem”, em sua essência, é a capacidade humana de comunicação. Essa capacidade se manifesta através de diversos meios, como sons, gestos, imagens, e até mesmo a escrita. A Libras, neste contexto, é um sistema linguístico específico, um conjunto de sinais e regras gramaticais que permite a comunicação fluida entre surdos.

Comparar a Libras com “linguagem de sinais” é como comparar a língua portuguesa com “linguagem falada”. Ambas são formas de comunicação, mas a língua portuguesa tem sua estrutura gramatical, vocabulário e fonética próprios, assim como a Libras.

Utilizar o termo “linguagem de sinais” pode levar a uma desvalorização da Libras, como se ela fosse apenas um sistema simplificado de gestos. Reconhecer a Libras como uma língua completa e independente é fundamental para garantir o acesso à comunicação, à informação e à educação para a comunidade surda.

Portanto, ao falarmos sobre Libras, devemos nos referir a ela como a Língua Brasileira de Sinais, respeitando sua estrutura, sua riqueza e seu papel fundamental na vida dos surdos.