Quais os elementos pré-textuais obrigatórios nos relatórios de pesquisa?

A estrutura de um relatório de pesquisa é fundamental para a sua clareza, organização e credibilidade. A normalização, seguindo as diretrizes da ABNT (Associação Brasileira de Normas Técnicas), garante a uniformidade e facilita a compreensão do trabalho por parte da comunidade acadêmica e científica. Dentre os elementos que compõem essa estrutura, os pré-textuais são os primeiros a serem apresentados, antecedendo o conteúdo principal da pesquisa. Conhecer e aplicar corretamente esses elementos é crucial para a apresentação adequada do trabalho.

Os elementos pré-textuais obrigatórios, segundo as normas da ABNT, cumprem a função de identificar e contextualizar a pesquisa, fornecendo informações essenciais ao leitor antes mesmo que ele se aprofunde no conteúdo. Eles atuam como um guia inicial, permitindo uma rápida compreensão do escopo e dos objetivos do trabalho.

A capa é o primeiro elemento e funciona como a identificação visual da pesquisa. Ela deve conter o nome da instituição à qual o trabalho está vinculado, o título completo da pesquisa, o nome do(s) autor(es), o local (cidade) e a data (ano) da apresentação do relatório. O título deve ser claro, conciso e representativo do conteúdo da pesquisa, evitando ambiguidades e jargões desnecessários.

A folha de rosto apresenta informações semelhantes à capa, porém com alguns acréscimos importantes. Além do nome da instituição, título, autor, local e data, a folha de rosto deve conter também o tipo de trabalho (monografia, dissertação, tese, etc.) e o objetivo do relatório, geralmente expresso como Trabalho apresentado ao curso de… da… como requisito parcial para obtenção do título de…. Essa informação contextualiza a pesquisa dentro de um programa acadêmico específico.

O resumo na língua vernácula (português, no caso do Brasil) é um elemento crucial, pois apresenta de forma sintética o conteúdo da pesquisa. Ele deve conter os objetivos, a metodologia empregada, os principais resultados obtidos e as conclusões alcançadas. A redação do resumo deve ser clara, concisa e objetiva, utilizando frases curtas e evitando termos técnicos complexos sem a devida explicação. Geralmente, o resumo tem um limite de palavras, que varia de acordo com a instituição e o tipo de trabalho.

O sumário é a bússola do relatório, apresentando a estrutura do trabalho com suas seções e subseções, acompanhadas dos respectivos números de página. Ele permite ao leitor navegar facilmente pelo documento e localizar as informações de seu interesse. A formatação do sumário deve seguir as normas da ABNT, com a correta hierarquização dos títulos e subtítulos.

Por fim, embora não obrigatório em todos os casos, o resumo em língua estrangeira (abstract) é frequentemente solicitado, especialmente em trabalhos acadêmicos de maior envergadura, como dissertações e teses. Geralmente, utiliza-se o inglês como língua estrangeira, visando a internacionalização da pesquisa e permitindo que pesquisadores de outros países tenham acesso ao conteúdo do trabalho. O abstract deve conter as mesmas informações que o resumo em português, porém traduzidas de forma precisa e fluente.

Vale ressaltar que outros elementos pré-textuais, como dedicatória, agradecimentos e epígrafe, são opcionais e dependem da natureza do trabalho e das normas específicas da instituição. Embora não sejam obrigatórios, esses elementos podem enriquecer o relatório, adicionando um toque pessoal e reconhecendo as contribuições de outras pessoas para o desenvolvimento da pesquisa.

Dominar a estrutura e os elementos pré-textuais de um relatório de pesquisa é fundamental para a sua apresentação adequada. Seguir as normas da ABNT garante a padronização, facilita a compreensão do trabalho e contribui para a credibilidade da pesquisa. Portanto, a atenção aos detalhes e a correta aplicação dessas normas são essenciais para a produção de um trabalho acadêmico ou científico de qualidade.