Quais são as 20 línguas mais difíceis de se aprender?

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Não existe um ranking universalmente aceito das 20 línguas mais difíceis, pois a dificuldade é subjetiva e depende da língua nativa do aprendiz. No entanto, idiomas com sistemas de escrita complexos (como árabe ou chinês), gramática muito diferente do português (como coreano ou húngaro) e com poucos falantes nativos para prática (como islandês ou xhosa) costumam ser considerados desafiadores. A disponibilidade de recursos e a motivação do aprendiz também influenciam fortemente.
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A Relatividade da Dificuldade: Desvendando o Enigma das 20 Línguas Mais Difíceis

A pergunta Quais são as 20 línguas mais difíceis de aprender? não possui uma resposta definitiva. A dificuldade de aprender uma nova língua é um conceito profundamente subjetivo, influenciado por uma miríade de fatores interligados, tornando qualquer ranking inerentemente discutível. Um japonês, por exemplo, provavelmente encontrará o português muito mais fácil do que um falante nativo de inglês, que por sua vez pode ter maior facilidade com o espanhol. A língua materna do aprendiz, portanto, atua como um poderoso filtro na percepção da dificuldade de outra língua.

Apesar da ausência de um consenso universal, alguns idiomas se destacam consistentemente em listas de línguas consideradas desafiadoras para falantes de português. Essas dificuldades geralmente decorrem de uma combinação de fatores complexos que se entrelaçam, criando um cenário de aprendizado particularmente árduo. Vamos explorar alguns desses aspectos e apresentar algumas línguas frequentemente citadas como particularmente difíceis:

Sistemas de Escrita Complexos: Línguas com sistemas de escrita não-alfabéticos, como o chinês (com seus milhares de caracteres) e o japonês (com seus três sistemas de escrita: hiragana, katakana e kanji), exigem um investimento de tempo e esforço consideravelmente maior do que a aprendizagem de alfabetos latinos. O árabe, com sua escrita cursiva da direita para a esquerda e suas diversas formas de letras dependentes da posição na palavra, também representa um grande obstáculo para muitos aprendizes.

Gramática Intrincada: A estrutura gramatical de muitas línguas difere significativamente da do português. O húngaro, com sua complexa conjugação verbal e sistema de sufixos, é um exemplo clássico. O coreano, com sua estrutura de sujeito-objeto-verbo (SOV), diferente da ordem sujeito-verbo-objeto (SVO) do português, exige uma reorganização mental significativa. Línguas com muitos casos gramaticais, como o russo e o alemão, também podem ser particularmente desafiadoras.

Escassez de Recursos e Imersão: A disponibilidade de recursos didáticos de qualidade, como cursos, livros e materiais online, influencia diretamente a facilidade de aprendizado. Línguas faladas por um número reduzido de pessoas, como o islandês, o basco ou o xhosa, frequentemente carecem de recursos abrangentes, dificultando o processo de aquisição. A falta de oportunidades de imersão também representa um grande desafio, uma vez que a prática com falantes nativos é crucial para a fluência.

Outros Fatores: Além desses aspectos, a motivação do aprendiz, a capacidade de memorização, o método de estudo e até mesmo a própria personalidade podem influenciar a dificuldade percebida. Uma pessoa altamente motivada e com uma abordagem estratégica de estudo pode superar as dificuldades inerentes a uma língua considerada complexa.

Portanto, ao invés de listar 20 línguas definitivamente difíceis, é mais preciso reconhecer a complexidade do processo de aquisição de uma segunda língua e os múltiplos fatores que contribuem para a dificuldade percebida. Línguas como árabe, mandarim, japonês, coreano, húngaro, islandês, polonês, russo, alemão, basco, finlandês, tcheco, sueco, norueguês, navajo, xhosa, swahili e gaélico irlandês, entre outras, são frequentemente citadas por apresentarem desafios consideráveis para aprendizes de português, mas a dificuldade permanece uma questão individual e contextualmente dependente.