Quais são as características do texto descritivo?

Texto descritivo… imaginem só. É como se alguém pegasse num pincel e, em vez de tinta, usasse palavras. Conseguem visualizar? Eu, às vezes, fico impressionada. Aquele livro que li no verão passado, por exemplo… Descrevia um campo de girassóis. Girassóis a perder de vista, a dançar com o vento. Quase senti o calor do sol na pele, o cheiro da terra… Incrível, não é?

É a força dos detalhes, acho. Dos adjetivos certos, sabe? Não é só dizer “casa”. É “casa antiga, com as paredes descascadas e um cheiro a mofo e memórias”. Percebem a diferença? Um, é só uma palavra. O outro… é uma viagem no tempo. Como aquela vez que visitei a casa da minha avó. Lembro-me perfeitamente do cheiro, da textura das paredes… Ui, que saudades!

Os verbos também. Não basta dizer “o rio corre”. E se dissermos “o rio serpenteia, preguiçoso, refletindo o céu azul”? Parece que o vemos a correr, não parece? Lembro-me de uma vez, no Gerês… o rio era assim, calmo, cristalino. Parecia… não sei… mágico!

E é essa a magia do texto descritivo, não é? Criar imagens vívidas, fazer-nos sentir. Transportar-nos. Fazer-nos acreditar que estamos lá, mesmo sem sair do lugar. É como um filme, mas na nossa cabeça. E nós somos os realizadores. Tipo… não sei quantas palavras são necessárias para um texto descritivo eficaz. Li algures que os grandes escritores usam, em média, não sei quantos adjetivos por página… mas isso não importa, certo? O importante é a emoção. A capacidade de tocar o leitor, de o fazer sentir. E isso, meus amigos, não há número que meça.