Quais são as técnicas de ensinar?

Ai, meu Deus, ensinar… Como explicar isso? Parece que a cada dia que passa, eu me sinto mais perdida nesse labirinto de métodos e teorias. A gente estuda tanto, né? Mas na prática, é tudo tão diferente! Será que existe mesmo uma fórmula mágica?

Lembro de quando comecei a dar aulas, achava que só precisava dominar o assunto. Que ingenuidade! Passava horas preparando apostilas impecáveis, cheias de informações. Aquele monte de conhecimento, todo organizado direitinho, mas … os alunos pareciam uns robôs desligados, sabe? Olhos perdidos, nada de brilho nos olhos. Fracassou redondamente!

Aí, comecei a pesquisar, a ler sobre diferentes abordagens. Vi que tinha o tradicional, aquele que eu tentei usar de início. Professor falando e aluno anotando. Chato, né? Parece que ninguém absorvia nada! Depois, descobri as ideias construtivistas, do Vygotsky e do Paulo Freire, que falam tanto em construção do conhecimento, em interação… Acho que entendi! A coisa toda era sobre fazer os alunos pensarem, não apenas ouvir.

Na época que eu trabalhava numa escola particular, experimentei um pouco da metodologia Montessori. Aí sim, foi um choque. Totalmente diferente do que eu conhecia! As crianças escolhiam o que queriam aprender, tinham materiais incríveis, e a independência delas era impressionante. Vi uma menina de cinco anos, sozinha, resolvendo operações matemáticas numa tábua! Fiquei passada! Era tão orgânico, tão natural… Apesar de dar um trabalho danado de organizar e preparar o ambiente, eu amei a experiência.

E tem tantas outras! Cada uma com seus prós e contras. Me lembro de ler sobre umas 7, 8 técnicas, talvez mais, e quase tive um ataque! Tem que levar em conta o tipo de aluno, a matéria, a idade… até a energia do dia influencia, né? Às vezes, a gente entra na sala numa segunda-feira de manhã e sente que o melhor método é deixar todo mundo dormir! (Brincadeira… ou não).

No fim das contas, acho que não existe uma única “técnica de ensinar”. É mais um conjunto de ferramentas, uma caixa de ferramentas, sabe? A gente precisa escolher as que melhor se encaixam na situação, e, mais importante, ser flexível, estar atento aos alunos, deixar que eles nos guiem um pouco também. E, claro, ter paciência, MUITA paciência. Acho que essa é a ferramenta mais importante de todas!