Quais são os 5 tipos de orações coordenadas?

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As orações coordenadas, como Embora estivesse mau tempo, a Maria foi à praia, classificam-se em copulativas, adversativas, disjuntivas, explicativas e conclusivas, dependendo da conjunção e do sentido da relação entre as partes.

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Desvendando as 5 Orações Coordenadas: Uma Análise da Conectividade Sintática

As orações coordenadas, elementos fundamentais da sintaxe da língua portuguesa, caracterizam-se pela independência sintática entre si. Diferentemente das subordinadas, que desempenham função sintática em relação a uma oração principal, as coordenadas apresentam-se lado a lado, ligadas por conjunções ou por justaposição, mantendo cada uma seu predicado e sujeito completos. Essa relação de independência, porém, não implica em ausência de conexão de sentido. A classificação dessas orações depende crucialmente da conjunção empregada e, principalmente, da relação semântica que estabelecem entre si. Vamos analisar os cinco tipos principais:

1. Orações Coordenadas Sindéticas Copulativas: Essas orações expressam a ideia de adição, soma ou acréscimo de informações. A conjunção que as une, portanto, indica uma relação de continuidade ou acréscimo. As principais conjunções copulativas são: e, nem, não só… mas também, tanto… como.

  • Exemplo: Choveu muito e o jogo foi adiado. (A segunda oração adiciona uma consequência à primeira).
  • Exemplo: Não trouxe o livro nem a caneta. (Adição de ausência de ambos os itens).
  • Exemplo: Tanto estudo como dedicação são essenciais para o sucesso. (Equivalência entre os dois elementos).

2. Orações Coordenadas Sindéticas Adversativas: Neste caso, as orações apresentam ideias opostas ou contrastantes. A conjunção adversativa estabelece uma relação de oposição, contraste ou compensação entre as orações. As principais conjunções adversativas são: mas, porém, todavia, contudo, entretanto, no entanto, e (com sentido adversativo).

  • Exemplo: Estava muito cansado, mas terminou o trabalho. (Oposição entre cansaço e conclusão do trabalho).
  • Exemplo: A proposta era interessante, porém inviável financeiramente. (Contraste entre a qualidade da proposta e a impossibilidade de sua execução).
  • Exemplo: Tentou várias vezes, e não conseguiu. (Aqui, o “e” assume valor adversativo, indicando uma oposição entre a tentativa e o resultado).

3. Orações Coordenadas Sindéticas Disjuntivas: Essas orações apresentam alternativas ou opções. A conjunção disjuntiva indica uma escolha entre as possibilidades apresentadas. As principais conjunções disjuntivas são: ou, ou… ou, quer… quer, seja… seja.

  • Exemplo: Você vai ao cinema ou fica em casa? (Alternativa entre duas ações).
  • Exemplo: Ou você estuda, ou reprova na prova. (Alternativa com consequência em caso de não escolha).
  • Exemplo: Quer chova, quer faça sol, irei trabalhar. (Alternativa de condição que não interfere na ação).

4. Orações Coordenadas Sindéticas Explicativas: Estas orações justificam ou explicam a ideia expressa na oração anterior. A conjunção explicativa indica que a segunda oração esclarece o sentido da primeira. As principais conjunções explicativas são: pois, porque, que. Note que, diferentemente das causais (subordinadas), a oração explicativa não é a causa da anterior, apenas a explica.

  • Exemplo: Deve estar chovendo, pois as ruas estão molhadas. (A segunda oração explica a razão da afirmação da primeira).
  • Exemplo: Estude bastante, porque a prova será difícil. (Explicação para a recomendação anterior, não indicando causalidade direta).
  • Exemplo: Saiu correndo, que estava atrasado. (A oração explicativa esclarece o motivo da ação anterior).

5. Orações Coordenadas Sindéticas Conclusivas: Estas orações expressam a conclusão ou consequência da ideia apresentada na oração anterior. A conjunção conclusiva indica que a segunda oração é uma dedução ou consequência lógica da primeira. As principais conjunções conclusivas são: logo, portanto, por conseguinte, por isso, assim.

  • Exemplo: Ele estudou muito; portanto, passou no vestibular. (A segunda oração é a conclusão lógica da primeira).
  • Exemplo: Chovia muito, logo ficamos em casa. (Consequência lógica da forte chuva).
  • Exemplo: Trabalhou duro o ano inteiro; assim, merece descansar. (Conclusão a partir do esforço descrito).

Em resumo, a correta identificação do tipo de oração coordenada depende da análise cuidadosa das conjunções e, sobretudo, da relação semântica estabelecida entre as orações. Compreender essa conectividade sintática é fundamental para a interpretação precisa e a produção de textos claros e coesos.