Quais são os erros gramaticais mais comuns?
A gramática portuguesa apresenta desafios frequentes, como ortografia, pontuação e acentuação incorretas. Problemas de sintaxe, concordância verbal e nominal, regência, colocação pronominal e, finalmente, a falta de coesão e coerência textual também são comuns. Dominar esses aspectos garante clareza e precisão na escrita.
Os Erros Gramaticais Mais Comuns em Português Brasileiro: Além do Básico
A gramática da língua portuguesa, rica e complexa, apresenta inúmeros desafios, mesmo para falantes nativos. Enquanto erros de ortografia, pontuação e acentuação são visíveis e frequentemente abordados, outros problemas gramaticais mais sutis, mas igualmente importantes, passam despercebidos e comprometem a clareza e a eficácia da comunicação escrita e oral. Este artigo foca não apenas nos erros mais óbvios, mas também em algumas armadilhas menos evidentes da língua portuguesa brasileira.
1. Além da Ortografia, Pontuação e Acentuação: Embora fundamentais, esses três pilares da escrita muitas vezes são negligenciados. A falta de acentuação, principalmente em palavras paroxítonas com ditongo crescente (ex: ideia, heroico) e proparoxítonas (ex: lâmpada, médico), é frequente. A pontuação inadequada, com vírgulas e pontos finais em locais incorretos, prejudica a fluidez e a compreensão do texto. Erros de ortografia, como a confusão entre “por que”, “porque”, “porquê” e “por quê”, ou entre “mal” e “mau”, demonstram falta de atenção e domínio ortográfico.
2. Concordância Verbal e Nominal: Um Mundo de Desafios: A concordância, seja verbal ou nominal, frequentemente gera dúvidas. A concordância verbal se refere à concordância do verbo com o sujeito da oração. Erros comuns incluem a concordância com o sujeito mais próximo em orações com sujeito composto ou a concordância incorreta com coletivos (ex: “A maioria dos alunos foi aprovados” – correto: “A maioria dos alunos foram aprovados”). A concordância nominal envolve a concordância entre substantivo, adjetivo, artigo e pronome. A concordância ideológica, onde o adjetivo concorda com a ideia e não com o núcleo nominal, é um erro frequente (ex: “É proibido entrada de animais” – correto: “É proibida a entrada de animais”).
3. Regência Verbal e Nominal: A Preposição Correta Faz Toda a Diferença: A regência, que define a relação entre verbos ou nomes e seus complementos, é outro ponto crítico. Verbos como “assistir” (a algo/alguém), “aspirar” (a algo), “preferir” (algo a algo), “simpatizar” (com alguém), entre outros, frequentemente são empregados incorretamente, gerando ambiguidades. A regência nominal também apresenta desafios, especialmente na utilização de preposições com substantivos e adjetivos.
4. Colocação Pronominal: A Posição do Pronome na Frase: A colocação pronominal, ou seja, a posição dos pronomes oblíquos átonos (me, te, se, o, a, lhe, nos, vos, os, as, lhes) em relação ao verbo, é um tópico complexo e fonte de muitos erros. A mesóclise (colocação do pronome no meio do verbo), por exemplo, é menos usada na linguagem informal e seu uso incorreto é comum.
5. Coesão e Coerência Textual: A Construção de um Texto Claro e Lógico: Além dos erros gramaticais pontuais, a falta de coesão e coerência compromete a qualidade do texto. A coesão diz respeito à ligação entre as partes do texto, utilizando conectivos e pronomes adequados. Já a coerência garante a lógica e o sentido do texto como um todo, evitando contradições e informações desconexas.
Dominar a gramática portuguesa requer estudo e prática. Conhecer os erros mais comuns é o primeiro passo para evitá-los e aprimorar a escrita e a fala. A leitura atenta de textos bem escritos e a consulta frequente a gramáticas e dicionários são ferramentas essenciais neste processo.
#Erros Gramaticais#Gramática Portuguesa#Língua Portuguesa