Qual é a finalidade do ensino da língua portuguesa?

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O ensino de Língua Portuguesa visa o desenvolvimento progressivo da competência comunicativa em diferentes modalidades (oral, escrita e multimodal). As práticas pedagógicas focam a compreensão e produção textual crítica e contextualizada, permitindo que as crianças se apropriem da língua de forma significativa e autônoma.

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Desvendando o Propósito Maior: Por que Ensinamos Língua Portuguesa?

Em um mundo inundado por informações e onde a comunicação assume formas cada vez mais diversas, a disciplina de Língua Portuguesa, por vezes vista como “apenas gramática e regras”, revela-se um pilar fundamental na formação de indivíduos completos e atuantes na sociedade. Mas, afinal, qual é a verdadeira finalidade de seu ensino?

A resposta vai muito além da memorização de classes gramaticais e da decoreba de regras ortográficas. O ensino de Língua Portuguesa, em sua essência, visa capacitar o indivíduo a interagir de forma eficaz e consciente com o mundo que o cerca, utilizando a língua como ferramenta de compreensão, expressão e transformação.

Muito Além da Competência Comunicativa:

O objetivo central do ensino de Língua Portuguesa é, sem dúvida, o desenvolvimento da competência comunicativa. Isso significa que o aluno deve ser capaz de:

  • Compreender: Interpretar textos de diferentes gêneros, formatos e níveis de complexidade, extraindo informações relevantes e identificando intenções, ideologias e nuances implícitas.
  • Produzir: Criar textos orais, escritos e multimodais (que combinam diferentes linguagens, como texto, imagem e som) de forma clara, coerente, coesa e adequada a diferentes contextos e propósitos.
  • Interagir: Participar ativamente de conversas, debates e outras situações comunicativas, argumentando, negociando e expressando suas ideias com clareza e respeito.

No entanto, a competência comunicativa é apenas a ponta do iceberg. O ensino de Língua Portuguesa se propõe a ir mais fundo, explorando as dimensões:

  • Crítica: Desenvolver a capacidade de analisar criticamente os discursos, identificando vieses, preconceitos e manipulações.
  • Contextualizada: Compreender que a língua é um fenômeno social e histórico, influenciado e influenciando a cultura e as relações de poder.
  • Autônoma: Estimular a autonomia do aluno na aprendizagem da língua, incentivando a busca por conhecimento, a experimentação e a reflexão sobre suas próprias práticas de leitura e escrita.

O Papel da Prática Pedagógica:

Para alcançar esses objetivos ambiciosos, as práticas pedagógicas devem ser repensadas e direcionadas para a compreensão e produção textual crítica e contextualizada. Isso significa:

  • Privilegiar a leitura de textos autênticos: Em vez de exercícios repetitivos e descontextualizados, o aluno deve ser exposto a textos reais, produzidos e utilizados em diferentes situações comunicativas.
  • Promover a escrita com propósito: A escrita deve ser vista como uma ferramenta de expressão e comunicação, e não apenas como um exercício gramatical. Os alunos devem ter a oportunidade de escrever textos que tenham um propósito real, como cartas, artigos, blogs, roteiros, etc.
  • Incentivar o debate e a reflexão: A sala de aula deve ser um espaço de diálogo e troca de ideias, onde os alunos possam expressar suas opiniões, questionar o mundo e construir conhecimento em conjunto.
  • Utilizar as tecnologias a favor da aprendizagem: As ferramentas digitais podem ser utilizadas para tornar o aprendizado mais dinâmico, interativo e relevante para o mundo contemporâneo.

Em Resumo:

O ensino de Língua Portuguesa não se limita a ensinar regras gramaticais. Seu propósito maior é formar cidadãos críticos, conscientes e capazes de utilizar a língua como ferramenta de transformação social. Ao dominar a leitura, a escrita e a oralidade, o indivíduo se torna mais apto a compreender o mundo, expressar suas ideias, defender seus direitos e participar ativamente da construção de uma sociedade mais justa e igualitária.

Portanto, a próxima vez que você se deparar com um exercício de gramática, lembre-se de que ele é apenas um pequeno passo em direção a um objetivo muito maior: a apropriação da língua como ferramenta de empoderamento e transformação.

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